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Rcell entra no mundo dos games com investimento de R$ 9 milhões em marca de eSports

Parceria de marcas gigantes no cenário, como Sony e Nintendo, a brasileira Rcell faz seu primeiro grande investimento no universo do eSports

Montar times profissionais e prestar consultoria no mundo dos games são os planos da Rcell para o futuro (Slavica/Getty Images)

Montar times profissionais e prestar consultoria no mundo dos games são os planos da Rcell para o futuro (Slavica/Getty Images)

O Grupo Rcell acaba de fazer sua maior jogada rumo ao universo dos eSports. A companhia, uma grande distribuidora de smartphones, games e informática do Brasil, anuncia o investimento de R$ 9 milhões em uma nova marca própria do grupo, que será responsável por capitanear a jornada da Rcell no mundo dos eSports: a marca H3RO.

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A entrada nesse universo, porém, não foi por acaso. Como explica Alexandre Della Volpe Elias, Diretor de Marketing do Grupo Rcell, a presença de companhias como Sony e Nintendo em seu portfólio de distribuição foi fundamental para que a grupo começasse a ter uma visão estratégica sobre como escalar o negócio nesse segmento de games.

Atualmente a Rcell é, além de distribuidora de duas das principais empresas do setor de videogames do planeta, a representante de grandes estúdios e publisher de jogos no Brasil, como a EA, Ubisoft e Warner Bros Games. Já no universo dos eSports, é a distribuidora da holandesa Trust, Kingston e da Corsair.

"É agora uma indústria onde entusiastas e profissionais jogam rotineiramente videogames em todo o mundo, com espectadores os observando e animando seus jogos on-line. A indústria de esportes eletrônicos está crescendo a um ritmo acelerado e passou a ser um negócio gerador de receita com milhões de fãs que assistem aos jogadores competir em torneios por todo o mundo", conta o diretor à EXAME.

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Ainda segundo o diretor, o grupo já vem tomando os primeiros passos para formalizar a H3RO como um multicanal de atuação em todos os segmentos do eSports. Além de montar times profissionais nos nas mais populares modalidades do momento, a empresa quer que a H3RO torne-se um possível ponto focal para que outras companhias possam também investir nesse cenário.

Segundo o diretor, a Rcell quer estudar o universo gamer para poder futuramente proporcionar consultorias do setor - e a empresa já tem trabalhado efetivamente nesse ponto.

"Já implementamos reuniões semanais com especialistas do segmento para entendermos cada vez mais sobre as experiências e necessidades dos jogadores", explica Alexandre. "H3RO é uma marca que tem o objetivo de construir uma comunidade de usuários, onde compartilham experiências com uma equipe contendo gamers profissionais de alta performance", complementa.

Com a H3RO, a Rcell desenvolverá setups (equipamentos e produtos), alinhando a performance dos jogadores e o valor agregado, com o objetivo de envolver percepções e satisfazer o usuário com suas reais necessidades diante da era da transformação digital.

Além disso, alguns influenciadores digitais serão convidados para testarem os produtos e fornecerem dicas exclusivas dos equipamentos e novidades, por meio de um streaming próprio. A empresa informou que a escolha dos influenciadores ainda não foi definida.

Referente ao faturamento, o diretor explica que neste primeiro ano de projeto as metas estão pautadas na construção de um portfólio diversificado, com a introdução de novas marcas no segmento nacional, ganho de market share e de indicadores de qualidade baseados na categoria aplicada.

“Nosso foco é na experiência positiva do usuário e fazer com que a H3RO proporcione a venda consultiva dos produtos com o melhor custo-benefício e inovação”, argumenta. A companhia não deu mais detalhes sobre projeções de faturamento ou receita para esse primeiro momento da H3RO no setor.

O papel do smartphone

A Rcell, que tem boa parte do seu negócio construído pela democratização do acesso a um smartphone, entende que o avanço tecnológico desses aparelhos beneficiaram muito o universo gamer também. Porém, o diretor da empresa faz uma ressalva: ele acredita que o cenário competitivo da maior parte dos jogos da atualidade ainda necessita de um computador potente.

"Entendemos que de fato a chegada de jogos aos Smartphones, democratizou o acesso a este universo, porém existem muitos jogos que requerem máquinas muito mais pesadas em termos de componentes. Existe espaço para o público iniciante ou casual, para o público Middle e para o público High", pondera Alexandre.

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