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Rachel Maia, CEO da Pandora durante nove anos, deixa a empresa

Por ser mulher e negra, Rachel Maia gosta de dizer que representa “0,4% do universo de presidentes de empresas”

Rachel Maia: a executiva defende a inclusão racial e feminina nas empresas (Amcham/Divulgação)

Rachel Maia: a executiva defende a inclusão racial e feminina nas empresas (Amcham/Divulgação)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 28 de março de 2018 às 16h49.

Última atualização em 28 de março de 2018 às 17h08.

São Paulo — A executiva paulistana Rachel Maia, que dirigia a joalheria Pandora no Brasil desde 2009, está deixando a empresa. Por ser mulher e negra, Rachel gostava de dizer que representava “0,4% do universo de presidentes de empresas”. Sob sua gestão, a Pandora cresceu de 2 a 98 lojas no país.

Rachel comentou o assunto hoje durante um evento na Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo. Sua saída está ligada a mudanças na estrutura de comando da joalheria, que pertence a um grupo dinamarquês.

O cargo de CEO no Brasil será extinto e a rede brasileira passará a ser comandada pela direção para América Latina e mercados emergentes da empresa. No evento da Amcham, Rachel disse que pretende continuar trabalhando pela inclusão racial e feminina, causas que vem defendendo há anos.

A executiva formou-se em ciências contábeis nas Faculdades Metropolitanas Unidas e  trabalhou na rede de lojas de conveniência 7-Eleven nos anos 90. Quando essa empresa deixou o Brasil, Rachel usou o dinheiro da rescisão contratual para estudar em Vancouver, no Canadá.

Ela ainda faria outros cursos na USP, na Harvard Business School e na Fundação Getulio Vargas. Antes de assumir o comando da Pandora no Brasil, trabalhou sete anos como diretora financeira da joalheria Tiffany & Co. no país.

Veja o vídeo com a entrevista de Rachel à TV Amcham, da Câmara Americana de Comércio:

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