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R$ 367 mi: o cacife da Anima Educação para ir às compras

Anima Educação pretende investir os recursos do IPO em aquisições para ganhar mercado

Comemoração de formatura: com dinheiro em caixa, a Anima quer festejar novas aquisições (Christopher Furlong/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2013 às 15h39.

São Paulo – A Anima Educação é a mais recente empresa do setor de ensino a se cacifar para ir às compras. O IPO da empresa rendeu 468 milhões de reais brutos. Desse total, o que entrará efetivamente no caixa da empresa são 367,2 milhões de reais, referentes aos recursos líquidos da emissão primária. O valor pode subir para até 423,1 milhões, se o lote suplementar for vendido.

Segundo o prospecto definitivo que a empresa publicou, esse dinheiro já tem endereço certo: aquisições. Na página 94 do documento, a Anima não deixa dúvidas quanto à sua intenção: “a totalidade dos recursos líquido decorrentes da oferta primária será destinada à continuidade do nosso processo de aquisições que vem sendo realizado ao longo dos últimos anos.”

A Anima dá poucas dicas sobre seus potenciais alvos. Uma delas é que a expansão ocorrerá com a aquisição de “marcas âncoras” no interior. Além disso, a empresa aposta em seu sistema de gestão para melhorar o desempenho das futuras controladas.

Eficiência

Um exemplo citado no prospecto é o da aquisição da UniBH. A universidade passou de um prejuízo de 2,4 milhões de reais em 2010, para um lucro de 21,3 milhões em 2012. Para tanto, a UniBH investiu na expansão da base de alunos, cortou custos de pessoal (incluindo docentes) e buscou a melhoria dos índices de satisfação dos estudantes e dos indicadores de desempenho acadêmico.

Novata na bolsa, a Anima terá de brigar com gigantes do setor para crescer via aquisições. Para se ter uma ideia, seu valor em bolsa é de cerca de 1,5 bilhão de reais. Já a Anhanguera Educacional, que tenta aprovar sua fusão com a Kroton no Cade, vale 5,7 bilhões. E a Kroton tem valor de mercado de 8,3 bilhões.

A Anima encerrou o primeiro semestre com receita líquida de 215,3 milhões de reais e 48,8 mil estudantes matriculados. A Anhanguera tem quase dez vezes mais: 459.000 alunos, e a Kroton, 514.000.

Mais do que uma simples comparação, esses números mostram o poder de fogo dos grandes grupos educacionais. Em seu prospecto, a Anima cita a já conhecida fragmentação do mercado de ensino no país, para mostrar que ainda existem muitas oportunidades de negócio. Resta saber se são as mesmas oportunidades que seus concorrentes estão avaliando.

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São Paulo – A Anima Educação é a mais recente empresa do setor de ensino a se cacifar para ir às compras. O IPO da empresa rendeu 468 milhões de reais brutos. Desse total, o que entrará efetivamente no caixa da empresa são 367,2 milhões de reais, referentes aos recursos líquidos da emissão primária. O valor pode subir para até 423,1 milhões, se o lote suplementar for vendido.

Segundo o prospecto definitivo que a empresa publicou, esse dinheiro já tem endereço certo: aquisições. Na página 94 do documento, a Anima não deixa dúvidas quanto à sua intenção: “a totalidade dos recursos líquido decorrentes da oferta primária será destinada à continuidade do nosso processo de aquisições que vem sendo realizado ao longo dos últimos anos.”

A Anima dá poucas dicas sobre seus potenciais alvos. Uma delas é que a expansão ocorrerá com a aquisição de “marcas âncoras” no interior. Além disso, a empresa aposta em seu sistema de gestão para melhorar o desempenho das futuras controladas.

Eficiência

Um exemplo citado no prospecto é o da aquisição da UniBH. A universidade passou de um prejuízo de 2,4 milhões de reais em 2010, para um lucro de 21,3 milhões em 2012. Para tanto, a UniBH investiu na expansão da base de alunos, cortou custos de pessoal (incluindo docentes) e buscou a melhoria dos índices de satisfação dos estudantes e dos indicadores de desempenho acadêmico.

Novata na bolsa, a Anima terá de brigar com gigantes do setor para crescer via aquisições. Para se ter uma ideia, seu valor em bolsa é de cerca de 1,5 bilhão de reais. Já a Anhanguera Educacional, que tenta aprovar sua fusão com a Kroton no Cade, vale 5,7 bilhões. E a Kroton tem valor de mercado de 8,3 bilhões.

A Anima encerrou o primeiro semestre com receita líquida de 215,3 milhões de reais e 48,8 mil estudantes matriculados. A Anhanguera tem quase dez vezes mais: 459.000 alunos, e a Kroton, 514.000.

Mais do que uma simples comparação, esses números mostram o poder de fogo dos grandes grupos educacionais. Em seu prospecto, a Anima cita a já conhecida fragmentação do mercado de ensino no país, para mostrar que ainda existem muitas oportunidades de negócio. Resta saber se são as mesmas oportunidades que seus concorrentes estão avaliando.

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