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Quem é Felipe Bellintani, jovem que fundou uma agência de influenciadores com 16 anos

Aos 18 anos, começou a desenvolver um projeto que usa IA para facilitar vendas online

Luana Cataldi
Luana Cataldi

Jornalista

Publicado em 10 de dezembro de 2025 às 14h47.

Desde cedo, Felipe Bellintani aprendeu a transformar ideias em ação. Não à toa, começou a empreender com 16 anos. 

Hoje, aos 18, ele comanda a própria agência de influenciadores, desde o meio de 2025, investe tempo e energia em um projeto de tecnologia próprio. Mas a história dele com empreendedorismo começou bem antes.

 De influenciador a empreendedor

Antes de se aprofundar em tecnologia, Felipe já demonstrava esse espírito empreendedor. “Com 15 anos, eu comecei a tentar ser um influenciador e acabou dando certo, Hoje em dia eu tenho bastante seguidores nas redes sociais”, relembra. Foi então que percebeu que sua maior habilidade não estava apenas em frente às câmeras, mas também  em conectar pessoas e negócios.

Aos 16, transformou essa experiência em negócio. “Eu abri uma agência quando eu tinha 16 anos, que até hoje eu cuido dela.”

Hoje, são cerca de 550 influenciadores cadastrados, que ele e a tia gerenciam por planilhas e mensagens no Instagram. “As parcerias com marcas também chamam atenção. “A gente já fechou com várias empresas, como Reggae Life, Reborn e o Grupo LPW, de relógios.”

Mesmo com a rotina intensa, Felipe sempre buscou formas de automatizar o trabalho. “A gente sempre usou bastante tecnologia, mas meu sonho é criar algo que ajude de verdade. Que simplifique a vida das pessoas.”

Foi exatamente essa busca por soluções tecnológicas que abriu caminho para seu projeto mais recente.

Tecnologia como aliada

“Eu tinha muita coisa parada aqui em casa que eu queria vender, mas todo mundo tem aquela preguiça de tirar foto, fazer o anúncio, pesquisar quanto custa”, conta. Foi dessa situação que nasceu a ideia do Vende Aí, site que utiliza inteligência artificial para automatizar o processo de venda. “Você só tira a foto do produto, aí ela identifica o produto, faz a descrição e anuncia automaticamente em vários canais de vendas. Ela te dá as opções de preço baseada nos outros anúncios e você só precisa ir tirando foto dos produtos.”

O projeto já está em desenvolvimento. “Não é só no papel, eu já tenho o projeto. Já existe o aplicativo, qualquer um pode entrar”, explica. Ainda assim, ele prefere avançar com cautela. “Preciso integrar uma inteligência artificial melhor, porque a que está lá às vezes erra. Não dá para lançar o produto errando.”

Curioso por natureza, Felipe explica que o interesse por IA surgiu antes mesmo de qualquer formação técnica. “Eu nunca tinha tido esse contato com inteligência artificial para programar algo”, diz. “Foi mais no Next Gen que eu conheci esse mundo.”

Next Gen: quando as ideias ganham forma

Durante as férias, Felipe se inscreveu no Next Gen, programa da Saint Paul voltado para jovens de 15 a 18 anos interessados em liderança, negócios e tecnologia. A experiência o ajudou a consolidar o que já vinha explorando por conta própria.

“Eu nunca tive muita vontade de fazer faculdade, mas vi que o Next Gen passava a ideia do que eu queria, que era empreender em tecnologia e inteligência artificial”, conta. “Foi uma das melhores coisas que eu fiz, foi maravilhoso mesmo. Eu cheguei lá com muitas ideias e saí de lá sabendo como aplicá-las.”

A vivência também despertou um novo olhar sobre os próximos passos. “Agora eu quero ir mais além.  Foram só quatro dias de aula e eu fiquei muito interessado. Gostei muito dos professores e, como o Next Gen é da Saint Paul, eu fui procurar sobre a faculdade e gostei muito.”

 Um novo olhar sobre o futuro

Hoje, Felipe participa do processo seletivo para cursar Administração na Saint Paul, decidido a ampliar seus conhecimentos em gestão e programação. “Eu espero que eu consiga entrar na faculdade e aprender exatamente o que eu preciso. Pretendo sair sabendo programar e administrar meus negócios.”

O plano de longo prazo é claro. “Meu sonho é abrir uma empresa e ver algo crescendo. Não é só a questão financeira, é a sensação de criar algo do zero e ver virar algo grande, independente se dá dinheiro ou não.

Quero que a tecnologia simplifique o que atrasa a vida das pessoas. Esse é o meu propósito.”

Em casa, o exemplo vem dos pais. “Eles são empreendedores e trabalham com internet desde que eu nasci. E eu gosto de ver o quanto o trabalho deles é flexível. Eles me inspiram porque trabalham muito, mas fazem os próprios horários e podem trabalhar de qualquer lugar. É esse modelo de negócio que quero para minha vida.”

Com apenas 18 anos, Felipe já une criatividade, empreendedorismo e tecnologia, e mostra que a inovação pode começar muito antes da faculdade.

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