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PWC dá parecer favorável à recuperação da PDG

Consultoria PwC recomendou à Justiça que aceite o pedido de recuperação judicial da PDG, mas alertou que ainda faltam documentos

PDG: consultoria recomenda um prazo de 15 dias para que construtora apresente documentos que estão faltando (PDG/Divulgação)

PDG: consultoria recomenda um prazo de 15 dias para que construtora apresente documentos que estão faltando (PDG/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de março de 2017 às 13h48.

São Paulo - A PWC apresentou à Justiça um parecer em que recomenda o deferimento do pedido de recuperação judicial da PDG Realty, protocolado na semana passada, mas sugere um prazo de 15 dias para que a incorporadora inclua no processo documentos pendentes e preste esclarecimentos adicionais sobre a situação de seus empreendimentos imobiliários.

A recomendação consta na perícia prévia feita pela PWC, auditoria nomeada pela Primeira Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo para verificar a presença de todos os documentos e requisitos necessários para a continuidade do pedido de recuperação da companhia, que envolve um total de 512 Sociedades de Propósito Específico (SPEs). O trabalho se restringiu à checagem da existência dos documentos exigidos pela lei, não sendo analisado o mérito de cada um deles.

No parecer, a PWC cita a "notória dificuldade" da incorporadora em obter os documentos atualizados de todas as sociedades, mas pondera que foi apresentada a maior e mais relevante parte da documentação demandada. Além disso, a auditoria observa que há urgência no deferimento do processamento da recuperação para obstar as cobranças em curso.

Entre as pendências, está, por exemplo, a lista de bens dos controladores da PDG. Como a sociedade tem ações distribuídas de maneira pulverizada no mercado de capitais, o documento não foi anexado. Outra pendência são as certidões vencidas de protestos e distribuição. A administração da PDG alega que já foram solicitadas as certidões atualizadas, mas ainda não expedidas pelos órgãos competentes.

Segundo os administradores, em razão do número elevadíssimo de requerentes (512 SPEs), foi impossível manter todas as certidões atualizadas até a data do pedido de recuperação. Entre outros itens, a PWC também apontou que seis empresas do grupo foram iniciadas em 2016 - que, segundo a PDG, seriam meros veículos utilizados para reorganização societária, sem representar uma mudança nos rumos das atividades de fato.

A PWC foi nomeada pela Justiça na última sexta-feira, e recebeu um prazo de 48 horas para apresentar a perícia prévia. No parecer disponibilizado nesta quinta-feira, 2, a auditoria afirma que foi preciso mobilizar durante o feriado de carnaval uma equipe multidisciplinar de 25 profissionais, desde analistas até sócios seniores, para fazer a análise jurídica e financeira de toda a papelada. O trabalho demandou aproximadamente mil horas de trabalho, entre sexta (24 de fevereiro) e a quarta-feira, 1º de março.

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