PROPOSTA INDECENTE
Os problemas do paulista Raul Marinho, de 33 anos, começaram no início de 1993. Na época, era gerente de negócios corporativos do Citibank. A meta de Marinho para aquele ano era 50% maior do que o volume de transações realizado em 1992. O problema era que, no ano anterior, o antigo diretor tinha computado de […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h26.
Os problemas do paulista Raul Marinho, de 33 anos, começaram no início de 1993. Na época, era gerente de negócios corporativos do Citibank. A meta de Marinho para aquele ano era 50% maior do que o volume de transações realizado em 1992. O problema era que, no ano anterior, o antigo diretor tinha computado de uma só vez os juros de aplicações com rendimentos a longo prazo. "Com isso, criou-se a ilusão de que o faturamento da agência era alto", afirma. Segundo Marinho, essa prática é legal, mas o diretor não levou o fato em conta ao estabelecer os objetivos de 1993."Ele reconheceu que aquele resultado era impossível. Mesmo assim, disse que, se fosse o caso, procuraria alguém que conseguisse atingi-lo. Não tive saída a não ser concordar", diz. O ano acabou e, claro, as metas não foram alcançadas. Marinho saiu do banco 18 meses depois. "Esse chefe era muito competente, mas inábil para lidar com as pessoas, porque repassava à equipe, sem filtros, a pressão que recebia dos superiores."
Os problemas do paulista Raul Marinho, de 33 anos, começaram no início de 1993. Na época, era gerente de negócios corporativos do Citibank. A meta de Marinho para aquele ano era 50% maior do que o volume de transações realizado em 1992. O problema era que, no ano anterior, o antigo diretor tinha computado de uma só vez os juros de aplicações com rendimentos a longo prazo. "Com isso, criou-se a ilusão de que o faturamento da agência era alto", afirma. Segundo Marinho, essa prática é legal, mas o diretor não levou o fato em conta ao estabelecer os objetivos de 1993."Ele reconheceu que aquele resultado era impossível. Mesmo assim, disse que, se fosse o caso, procuraria alguém que conseguisse atingi-lo. Não tive saída a não ser concordar", diz. O ano acabou e, claro, as metas não foram alcançadas. Marinho saiu do banco 18 meses depois. "Esse chefe era muito competente, mas inábil para lidar com as pessoas, porque repassava à equipe, sem filtros, a pressão que recebia dos superiores."