Problemas na África pesam sobre vendas da SABMiller
Companhia registrou um modesto aumento do volume de vendas de cerveja no resultado anual
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2014 às 09h08.
Londres - A SABMiller , segunda maior cervejaria do mundo em vendas, registrou um modesto aumento do volume de vendas de cerveja no resultado anual, após problemas em alguns mercados africanos que vinham alimentado seu crescimento nos últimos anos.
Listada em Londres, a empresa por trás de marcas como Miller Lite e Peroni também disse nesta terça-feira que estava revisando sua participação "não-estratégica", no valor de cerca de 1 bilhão de dólares, na companhia hoteleira Tsogo Sun Holdings, da África do Sul.
A SABMiller, que tem grande exposição à África, China e outros mercados emergentes, sofreu uma série de problemas na África, onde um número crescente de consumidores jovens e ricos tem bebido cervejas de marca.
No Zimbábue, os volumes caíram 18 por cento devido a uma economia fraca. Também houve recuo em Moçambique, com a tensão política limitando a busca por cerveja. Um aumento dramático no imposto de consumo na Zâmbia também prejudicou as vendas.
A cervejaria, que compete com a rival de maior porte Anheuser-Busch InBev, apresentou crescimento geral de volume de vendas de 2 por cento para o exercício fiscal encerrado em 31 de março, com o volume de cerveja avançando apenas 1 por cento, e com refrigerantes subindo 5 por cento.
A receita por hectolitro subiu 2 por cento para o ano, mas a empresa disse que a depreciação de moedas contra o dólar prejudicará seus resultados, cuja divulgação deverá ocorrer em maio.
Volume de vendas: 74,8 milhões de barris
Você pode nunca ter experimentado a marca chinesa, mas ela conquistou, pelo segundo ano consecutivo, o posto de cerveja mais consumida do mundo. Largamente adotada no país de origem, é fabricada pela CR Snow, associação entre SABMiller e China Resources Enterprises. Em 2011, o valor da marca saltou de 350 milhões de iuanes para 46,3 bilhões, tornando-se a 29ª mais valiosa do país.
Volume: 57,9 milhões de barris
Responsável por 15% do gigantesco mercado chinês, a Tsingtao nasceu em 1904. Hoje, a fabricante Tsingtao Brewery Company afirma que a bebida é o produto chinês mais exportado para o mundo inteiro. Depois de permanecer estatal por muitas décadas, foi privatizada nos anos 90, e chegou a ter capital da AB ImBev, que vendeu sua participação de 27% em 2009.
Volume: 40,4 milhões de barrisAinda que não esteja no topo das mais consumidas no mundo, a Budweiser permanece a marca de cerveja mais internacionalmente reconhecida. Recém chegada a grandes marcados como o brasileiro e o chinês, o rótulo pode ser encontrado em 85 países. No Brasil, em seis meses de lançamento, a bebida conquistou 11,5% do mercado premium.
Volume: 3 6,7 milhões de barris
Ainda que a Bud Light seja a bebida mais popular nos Estados Unidos, a versão mais leve da Budweiser não tem o mesmo alcance global que a original. No ano passado, o mais novo lançamento da linha foi a Bud Light Platinum, uma versão de teor alcoólico 2% superior e que representou uma nova aposta da fabricante AB ImBev no segmento premium.
Volume: 31,6 milhões de barris
O rótulo é líder no mercado do México, a marca de cerveja mais importada nos Estados Unidos e um dos produtos mexicanos mais reconhecidos no mundo. Nascida em 1925 e fabricada pelo Grupo Modelo, a bebida foi vendida à AB InBev e hoje é comercializada em 170 países.
Volume: 29,1 milhões de barris
Com forte presença mundial, é da Heineken o 8º lugar entre as cervejas mais consumidas. Quando o assunto é valor de marca, o rótulo apresentou uma queda de 8%, alcançando 6,058 bilhões de dólares em 2012 segundo relatório da consultoria Millward Brown. Presente em mais de 70 países, o rótulo é lider no mercado europeu.
Volume: 25, 1 milhões de barris
A cerveja de baixo teor alcoólico produzida pela Coors Brewing Company e é a segunda mais consumida do mercado americano. A estratégia foi investir no conceito “low carb” e destacar o valor nutricional e o número de calorias, ressaltado na embalagem. Segundo a marca, uma lata de Coors tem cerca de 5 gramas de carboidratos, contra 10 gramas da Bud Light.
Volume: 18,1 milhões
A brasileira encerra o ranking com crescimento de 9,6% em volume comercializado em 2012, de acordo com o The Drinks Business. O levantamento ressalta, no entanto, que o segmento premium vem crescendo no Brasil, e isso pode ser refletir nos números futuros da bebida. Em termos de valor de marca no país, o rótulo ocupa o 7º lugar, avaliado em 5,088 bilhões de reais.