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Presidente da Johnson renunciará em abril em meio a recalls

William Weldon, após sair do cargo, permanecerá como presidente do conselho da empresa

O executivo conciliou as duas posições por quase dez anos, após três décadas na companhia (Mark Wilson/Getty Images)

O executivo conciliou as duas posições por quase dez anos, após três décadas na companhia (Mark Wilson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2012 às 10h36.

Nova York - O presidente-executivo da Johnson & Johnson (J&J), William Weldon, irá renunciar ao cargo em abril após uma série de recalls ter colocado em dúvida a qualidade dos produtos da companhia.

Weldon, 63, permanecerá como presidente do conselho da empresa. O executivo conciliou as duas posições por quase dez anos, após três décadas na companhia.

O vice-presidente do conselho, Alex Gorsky, 51, deve assumir a presidência da empresa na próxima reunião, em 26 de abril, se tornando a nona pessoa a comandar a empresa desde a sua fundação, em 1886.

Sob o comando de Weldon, a J&J expandiu as operações incluindo mais de 250 empresas, de farmacêuticas a divisões de equipamentos médicos e unidades de produtos de cuidados pessoais.

"Gorsky herdará a companhia com a unidade farmacêutica muito mais engatilhada do que há cinco ou seis anos", disse o analista Jan Wald, do Morgan, Keegan & Co. "Ele terá muito trabalho a fazer e será muito difícil alterar algo no curto prazo".

Problemas de controle de qualidade na unidade que produz medicamentos como Tylenol e Motrin foram tão difundidos que reguladores da área de saúde nos Estados Unidos passaram a supervisionar três fábricas da J&J em março.

Os recalls de produtos no varejo custaram à companhia 1 bilhão de dólares em vendas em 2010. Os recalls envolveram também lentes de contato e equipamentos cardíacos.

O recall mais recente ocorreu na sexta-feira, envolvendo o fornecimento total de Tylenol infantil nos Estados Unidos, logo após o produto voltar a ser vendido.

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