Rumo: em relação à receita líquida, houve aumento de 16,5% na passagem do primeiro trimestre do ano passado para os três primeiros meses de 2018, atingindo R$ 1,396 bilhão (Divulgação / EXAME/Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de maio de 2018 às 20h34.
São Paulo - A Rumo registrou um prejuízo líquido de R$ 58,3 milhões entre janeiro e março deste ano, 76,6% menor que os R$ 248,6 milhões negativos verificados em igual período de 2017.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia atingiu R$ 650,2 milhões no primeiro trimestre, correspondendo a uma alta de 32% frente aos R$ 492,7 milhões registrados um ano antes. A margem Ebitda ficou em 46,5% no período, subindo 5,5 pontos porcentuais em comparação com o reportado nos três primeiros meses de 2017.
"Os resultados desse trimestre são nova evidência de que nosso plano de investimentos está dando certo. Os trens estão rodando com mais eficiência, os acidentes diminuíram e estamos aptos a carregar as safras recordes", disse o presidente da Rumo, Julio Fontana Neto, em comentário enviado ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Em relação à receita líquida, houve aumento de 16,5% na passagem do primeiro trimestre do ano passado para os três primeiros meses de 2018, atingindo R$ 1,396 bilhão.
Por fim, o resultado financeiro da companhia ficou negativo em R$ 348,9 milhões entre janeiro e março deste ano, uma redução de 22,7% ante a despesa financeira de R$ 451,4 milhões registrada em igual período de 2017.
Segundo a empresa, essa queda reflete a redução do custo da dívida da companhia, em decorrência "do pré-pagamento de determinadas operações, substituição de dívidas mais caras por outras com custo mais baixo e pela queda do CDI entre os trimestres", detalha a Rumo, em release de resultados.
"O processo de pré-pagamentos e a substituição de dívidas por outras mais baratas continuarão no segundo trimestre, reduzindo ainda mais o custo da dívida", informa.
No relatório divulgado, a Rumo reafirmou seus guidances para Ebitda e Capex em 2018 e destacou que as perspectivas para a companhia neste ano tendem a seguir positivas. A empresa cita que a consultoria Agroconsult elevou suas projeções para a safra de soja 2017/2018 no Brasil e no Mato Grosso.
"Adicionalmente, a quebra de safra na Argentina reduz a oferta da soja, contribuindo para os melhores níveis de preço no mercado internacional, trazendo perspectivas ainda melhores para o segundo trimestre."
Com relação ao milho, apesar do cenário de queda da produção na temporada, a Rumo aponta que grande parte do estoque de passagem do grão no Mato Grosso segue armazenado, o que deve "contribuir com volumes adicionais destinados à exportação".