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Portuguesa ONI estuda aquisições de telecoms brasileiras

Procura é por empresas do segmento corporate

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

Lisboa - A portuguesa do setor de telecom ONI, focada em mercados corporativos, está olhando oportunidades de aquisição de operadoras no Brasil para acelerar o seu crescimento, visando elevar a atual participação de 30% das receitas provenientes do exterior, disse o presidente da companhia.

"(No Brasil) temos estado permanentemente em conversas, mas não temos fechado acordos porque não tem havido convergência, o perfil que procuramos são empresas do segmento 'corporate', muito direcionadas ao IP (Internet Protocol), com receitas entre 50 e 60 milhões de dólares" disse Xavier Rodríguez-Martín, presidente da ONI.

As receitas vindas do negócio internacional, organizado no modelo 'operador exportador', representam 30% das receitas do grupo, e o presidente explicou que a forma de prosseguir com a internacionalização irá variar conforme o mercado, sendo que na Espanha o crescimento será orgânico, enquanto no Brasil virá via fusões e aquisições.

A ONI anunciou nesta terça-feira que teve um lucro anual de 6 milhões de euros entre julho de 2009 e junho de 2010, contra ganhos de 7 milhões de euros um ano antes, resultado de maiores custos financeiros. Além disso, em 2008 e 2009 a empresa se beneficiou de ganhos extraordinários, explicou o executivo em entrevista à Reuters.

Neste período, a empresa aumentou a sua cota de mercado no setor 'corporate' de Portugal de 21,6 ppor cento para 23 por cento. "Acho que vamos chegar até os 25 por cento no âmbito do nosso 'business plan' até o ano fiscal de 2012", sublinhou o presidente da ONI, acrescentando que, embora não seja estruturalmente fácil chegar aos 30 por cento de participação de mercado, é possível que isso aconteça num horizonte de cinco anos.

Segundo o presidente, a operadora de telecomunicações tem dois futuros possíveis, um de "independência", após expansão para um mercado de grande potencial como o Brasil ou a participação em uma operação de fusão ou aquisição em Portugal, num movimento de convergência fixo-móvel ou proporcionando a criação de um segundo grande operador.

Xavier Rodríguez-Martin salientou ainda que, olhando para os resultados consolidados, a ONI está preparada para um IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês), sendo possível que a entrada em bolsa ocorra já em 2011, se for verificada uma menor incerteza macro-econômica e se for essa a vontade dos acionistas.

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