Portugal Telecom não vê obstáculos para fusão com Oi
Companhia não vê obstáculos importantes de acionistas minoritários ou de reguladores para a operação
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 13h14.
Lisboa - A Portugal Telecom está confiante de que a fusão com a Oi será concluída no segundo trimestre e não vê obstáculos importantes de acionistas minoritários ou de reguladores para a operação, disse o presidente-executivo da Portugal Telecom, Henrique Granadeiro, nesta sexta-feira.
"A transação está progredindo conforme o plano e estamos trabalhando para concluí-la durante o segundo trimestre", disse ele à Reuters. "Não prevemos atualmente problemas que possam impactar o cronograma de maneira importante", afirmou o executivo acrescentando que espera aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a operação.
A Portugal Telecom e a Oi anunciaram, em outubro, planos para combinar suas operações e formar uma nova companhia com mais de 100 milhões de clientes, quase 19 bilhões de dólares em receitas anuais e mais poder de fogo para competir no Brasil com rivais globais maiores como a espanhola Telefónica e a mexicana América Móvil.
A Portugal Telecom e a Oi esperam usar as avaliações patrimoniais aprovadas por seus maiores investidores para determinar como as ações serão distribuídas na nova companhia combinada, chamada de CorpCo. Acionistas minoritários, porém, têm pressionado por termos melhores.
"O conselho da CVM ainda precisa emitir um parecer formal sobre o assunto e temos esperanças de que vão concordar com nossas visões ... Continuamos confiantes de que obteremos as aprovações necessárias para concluir a transação", disse Granadeiro.
Angola
Embora tenha minimizado a maioria dos fatores de risco que possam ameaçar a fusão, uma questão que precisa ser resolvida no plano são os 246 milhões de euros em dividendos atrasados da Unitel, maior operadora de telefonia de Angola, relativos aos anos de 2011 e 2012.
Apesar da Portugal Telecom estar firmemente convencida que a Unitel tem a flexibilidade financeira para continuar a pagar um dividendo elevado, dada a força das suas operações, não pode decidir sozinha a política de remuneração da empresa, precisando do apoio de outros acionistas.
"Como resultado, não podemos garantir que a Unitel vai continuar a pagar dividendos no futuro. Contudo, não tenho dúvidas que a Portugal Telecom, como acionista da Unitel, vai receber o que já foi aprovado nas assembleias", disse Granadeiro.
A Africatel, detida em 75 por cento pela Portugal Telecom e em 25 por cento pela empresa de private equity Helios, tem 25 por cento da Unitel. A Vidatel, holding da empresária angolana Isabel dos Santos, filha do presidente do país, tem 25 por cento da Unitel, a angolana Geni outros 25 por cento e a Sonangol o restante.
Um outro risco potencial em Angola é a parceria da Portugal Telecom com a Helios, que tem direito de vender sua fatia na Unitel em caso de fusão.
Tal resultado, afirmou Granadeiro, "poderia adicionar complexidade de execução à combinação proposta da Oi com a Portugal Telecom" e possivelmente aumentar a alavancagem consolidada se a nova empresa tiver que financiar a compra da fatia da Helios com dívida adicional.
Lisboa - A Portugal Telecom está confiante de que a fusão com a Oi será concluída no segundo trimestre e não vê obstáculos importantes de acionistas minoritários ou de reguladores para a operação, disse o presidente-executivo da Portugal Telecom, Henrique Granadeiro, nesta sexta-feira.
"A transação está progredindo conforme o plano e estamos trabalhando para concluí-la durante o segundo trimestre", disse ele à Reuters. "Não prevemos atualmente problemas que possam impactar o cronograma de maneira importante", afirmou o executivo acrescentando que espera aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a operação.
A Portugal Telecom e a Oi anunciaram, em outubro, planos para combinar suas operações e formar uma nova companhia com mais de 100 milhões de clientes, quase 19 bilhões de dólares em receitas anuais e mais poder de fogo para competir no Brasil com rivais globais maiores como a espanhola Telefónica e a mexicana América Móvil.
A Portugal Telecom e a Oi esperam usar as avaliações patrimoniais aprovadas por seus maiores investidores para determinar como as ações serão distribuídas na nova companhia combinada, chamada de CorpCo. Acionistas minoritários, porém, têm pressionado por termos melhores.
"O conselho da CVM ainda precisa emitir um parecer formal sobre o assunto e temos esperanças de que vão concordar com nossas visões ... Continuamos confiantes de que obteremos as aprovações necessárias para concluir a transação", disse Granadeiro.
Angola
Embora tenha minimizado a maioria dos fatores de risco que possam ameaçar a fusão, uma questão que precisa ser resolvida no plano são os 246 milhões de euros em dividendos atrasados da Unitel, maior operadora de telefonia de Angola, relativos aos anos de 2011 e 2012.
Apesar da Portugal Telecom estar firmemente convencida que a Unitel tem a flexibilidade financeira para continuar a pagar um dividendo elevado, dada a força das suas operações, não pode decidir sozinha a política de remuneração da empresa, precisando do apoio de outros acionistas.
"Como resultado, não podemos garantir que a Unitel vai continuar a pagar dividendos no futuro. Contudo, não tenho dúvidas que a Portugal Telecom, como acionista da Unitel, vai receber o que já foi aprovado nas assembleias", disse Granadeiro.
A Africatel, detida em 75 por cento pela Portugal Telecom e em 25 por cento pela empresa de private equity Helios, tem 25 por cento da Unitel. A Vidatel, holding da empresária angolana Isabel dos Santos, filha do presidente do país, tem 25 por cento da Unitel, a angolana Geni outros 25 por cento e a Sonangol o restante.
Um outro risco potencial em Angola é a parceria da Portugal Telecom com a Helios, que tem direito de vender sua fatia na Unitel em caso de fusão.
Tal resultado, afirmou Granadeiro, "poderia adicionar complexidade de execução à combinação proposta da Oi com a Portugal Telecom" e possivelmente aumentar a alavancagem consolidada se a nova empresa tiver que financiar a compra da fatia da Helios com dívida adicional.