Por que Andrea Jung, a CEO da Avon, perdeu o sex appeal para a empresa?
Na companhia desde 2001, CEO deve ser substituída por acumular uma série de desastres em sua gestão
Daniela Barbosa
Publicado em 16 de dezembro de 2011 às 09h18.
São Paulo - Andrea Jung é considerada uma das mulheres de negócios mais influentes do mundo, segundo rankings de revistas como Forbes e Fortune. A classe e o bom gosto na hora de se vestir são outros diferenciais que a CEO da Avon possui, mas, mesmo com tantos atributos, ela deve ser substituída de sua função nos próximos dois anos e o motivo para a troca é um só: Andrea perdeu o charme para a companhia.
No posto de CEO desde 2001, a executiva foi a primeira mulher a liderar a Avon e seus primeiros cinco anos de gestão foram glamorosos. Neste período, o valor das ações da Avon triplicou e Andrea conquistou a confiança dos representantes da companhia no mercado internacional, onde ela era vista como uma verdadeira realeza.
Desde 2005, no entanto, uma série de dificuldades enfrentadas pela executiva começou a ofuscar seu brilho como CEO. Neste ano, os problemas foram ainda maiores, o que levou a companhia a rever algumas estratégias e chegar à conclusão de que Andrea precisa de um substituto para que a Avon volte a crescer.
A ainda CEO entendeu o recado e se prontificou a ajudar na busca de um executivo que possa resolver os problemas que ela não tem conseguido driblar. Entre eles, as investigações que a companhia está envolvida nos Estados Unidos. Veja, a seguir, as razões que levaram Andrea a perder o cargo de CEO na Avon:
Lucro diluído
Desde 2005, o lucro da Avon vem sendo diluído cada vez mais em seus balanços. Andrea até anunciou uma reestruturação para reverter a situação, simplificando as linhas de produtos para aumentar as margens, mas não adiantou.
No terceiro trimestre deste ano, os ganhos da companhia recuaram 1,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 164 milhões de dólares. A diferença, no entanto, é mais gritante quando comparado com os trimestres de 2005, quando a companhia acumulava ganhos superiores a 300 milhões de dólares no período de três meses.
Investigações nos Estados Unidos
Em outubro, a Avon confirmou que é investigada pela SEC, órgão americano equivalente à CVM brasileira. A companhia é suspeita de ter passado informações privilegiadas a corretores e também de subornar autoridades na China.
Na ocasião, o preço das ações da Avon despencou, pois o mercado não esperava que a gigante do setor de cosméticos estivesse envolvida em um problema dessa proporção.
Segundo a imprensa internacional, o caso foi o estopim para que Andrea perdesse seu cargo de CEO na Avon.
Ações em queda
Na última teleconferência da Avon, Andrea e o time de executivos da Avon foram literalmente massacrados por analistas de mercado e investidores. Além de o resultado não ter agradado, eles tiveram que prestar esclarecimento sobre as investigações que a companhia está envolvida.
Mas outro fator também foi bastante discutido na ocasião: o preço das ações da Avon, que só neste ano já perdeu 45% do seu valor. Depois do anunciou de que Andrea será substituída, as ações chegaram a subir 5% na bolsa de Nova York.
Desempenho ruim nos Estados Unidos
Os Estados Unidos são o principal mercado da Avon no mundo. No entanto, há tempos, a companhia não consegue um desempenho positivo por lá.
No último trimestre, as vendas da companhia no mercado americano caíram 7% e os ativos da Avon 9% naquele mercado.
O resultado no trimestre só não foi pior, porque alguns países, principalmente os emergentes, salvaram o balanço. Na América Latina, por exemplo, as vendas da Avon cresceram 11%.
São Paulo - Andrea Jung é considerada uma das mulheres de negócios mais influentes do mundo, segundo rankings de revistas como Forbes e Fortune. A classe e o bom gosto na hora de se vestir são outros diferenciais que a CEO da Avon possui, mas, mesmo com tantos atributos, ela deve ser substituída de sua função nos próximos dois anos e o motivo para a troca é um só: Andrea perdeu o charme para a companhia.
No posto de CEO desde 2001, a executiva foi a primeira mulher a liderar a Avon e seus primeiros cinco anos de gestão foram glamorosos. Neste período, o valor das ações da Avon triplicou e Andrea conquistou a confiança dos representantes da companhia no mercado internacional, onde ela era vista como uma verdadeira realeza.
Desde 2005, no entanto, uma série de dificuldades enfrentadas pela executiva começou a ofuscar seu brilho como CEO. Neste ano, os problemas foram ainda maiores, o que levou a companhia a rever algumas estratégias e chegar à conclusão de que Andrea precisa de um substituto para que a Avon volte a crescer.
A ainda CEO entendeu o recado e se prontificou a ajudar na busca de um executivo que possa resolver os problemas que ela não tem conseguido driblar. Entre eles, as investigações que a companhia está envolvida nos Estados Unidos. Veja, a seguir, as razões que levaram Andrea a perder o cargo de CEO na Avon:
Lucro diluído
Desde 2005, o lucro da Avon vem sendo diluído cada vez mais em seus balanços. Andrea até anunciou uma reestruturação para reverter a situação, simplificando as linhas de produtos para aumentar as margens, mas não adiantou.
No terceiro trimestre deste ano, os ganhos da companhia recuaram 1,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 164 milhões de dólares. A diferença, no entanto, é mais gritante quando comparado com os trimestres de 2005, quando a companhia acumulava ganhos superiores a 300 milhões de dólares no período de três meses.
Investigações nos Estados Unidos
Em outubro, a Avon confirmou que é investigada pela SEC, órgão americano equivalente à CVM brasileira. A companhia é suspeita de ter passado informações privilegiadas a corretores e também de subornar autoridades na China.
Na ocasião, o preço das ações da Avon despencou, pois o mercado não esperava que a gigante do setor de cosméticos estivesse envolvida em um problema dessa proporção.
Segundo a imprensa internacional, o caso foi o estopim para que Andrea perdesse seu cargo de CEO na Avon.
Ações em queda
Na última teleconferência da Avon, Andrea e o time de executivos da Avon foram literalmente massacrados por analistas de mercado e investidores. Além de o resultado não ter agradado, eles tiveram que prestar esclarecimento sobre as investigações que a companhia está envolvida.
Mas outro fator também foi bastante discutido na ocasião: o preço das ações da Avon, que só neste ano já perdeu 45% do seu valor. Depois do anunciou de que Andrea será substituída, as ações chegaram a subir 5% na bolsa de Nova York.
Desempenho ruim nos Estados Unidos
Os Estados Unidos são o principal mercado da Avon no mundo. No entanto, há tempos, a companhia não consegue um desempenho positivo por lá.
No último trimestre, as vendas da companhia no mercado americano caíram 7% e os ativos da Avon 9% naquele mercado.
O resultado no trimestre só não foi pior, porque alguns países, principalmente os emergentes, salvaram o balanço. Na América Latina, por exemplo, as vendas da Avon cresceram 11%.