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Por que a Monster deveria ser próxima aquisição da Coca-Cola

Ainda que compra seja cara para a gigante de bebidas, entrar no mercado de energéticos pode aumentar seus ganhos e reverter queda nas vendas

Monster Energy Drink: especulações sobre sua venda para uma das gigantes de bebidas começou em 2012  (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 10h20.

São Paulo – Quase dois anos após o início das especulações sobre quem seria o comprador da marca de energéticos Monster, a Coca-Cola ainda é a empresa mais provável, segundo análise publicada pela Bloomberg.

Desde 2012, quando começaram os rumores de que a Coca-Cola estaria interessada na compra, o valor de mercado da Monster aumentou em 3 bilhões de dólares, sendo avaliada em 11,3 bilhões de dólares .

Ainda assim, a produtora de refrigerantes teria a ganhar com o acordo por diversos motivos. Em primeiro lugar, ela protegeria seu acordo de distribuição com a marca nos Estados Unidos, que com certeza seria terminado caso algum concorrente se apoderasse dela.

Em segundo lugar, a compra inseriria a Coca-Cola no mercado de bebidas energéticas, que cresceu 4,8% nos Estados Unidos no ano passado. Este novo ramo poderia aumentar os ganhos da companhia, que apresentou, pela primeira vez desde a crise de 2008, uma queda nas vendas de seus refrigerantes.

Enquanto isso, a Monster teve sua receita aumentada em 12% neste ano, segundo estimativas da Bloomberg, e pode aumentar suas vendas em 53% até 2017. O crescimento seria o maior entre todas as produtoras de bebidas avaliadas em mais de 50 milhões de dólares.

Alguns fatores, no entanto, teriam de ser pesados, como o valor da compra, que pode ultrapassar os 16 bilhões de dólares, e o fato de que os energéticos estão na mira das agências de saúde nos Estados Unidos. O ambiente regulatório pode atrapalhar os lucros de qualquer um que entrar neste meio.

Concorrência

Além da Coca-Cola, outras empresas poderiam se beneficiar da compra da Monster.

A InBev , que nos Estados Unidos produz a Budweiser, também tem acordos de distribuição com a companhia, e poderia ganhar com a diversificação de seu portfólio de produtos. Em 2012, 90% de sua receita veio das cervejas.

Já a Pepsi seria, talvez, a que mais se beneficiaria de um possível acordo. Ela teria um novo produto para enfrentar seu maior concorrente, ao mesmo tempo em que o impediria de crescer nessa nova área. O diretor executivo da empresa, porém, afirmou que não está interessado na compra.

O interesse de outras empresas pela Monster pode acelerar a decisão da Coca-Cola. Para a companhia, seria uma maneira de explorar o mercado de energéticos e bebidas saudáveis, em uma época em que os consumidores estão, cada vez mais, optando por elas em vez do tradicional – e não tão saudável – refrigerante. Até agora, porém, a empresa não confirmou seu interesse pela compra.

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São Paulo – Quase dois anos após o início das especulações sobre quem seria o comprador da marca de energéticos Monster, a Coca-Cola ainda é a empresa mais provável, segundo análise publicada pela Bloomberg.

Desde 2012, quando começaram os rumores de que a Coca-Cola estaria interessada na compra, o valor de mercado da Monster aumentou em 3 bilhões de dólares, sendo avaliada em 11,3 bilhões de dólares .

Ainda assim, a produtora de refrigerantes teria a ganhar com o acordo por diversos motivos. Em primeiro lugar, ela protegeria seu acordo de distribuição com a marca nos Estados Unidos, que com certeza seria terminado caso algum concorrente se apoderasse dela.

Em segundo lugar, a compra inseriria a Coca-Cola no mercado de bebidas energéticas, que cresceu 4,8% nos Estados Unidos no ano passado. Este novo ramo poderia aumentar os ganhos da companhia, que apresentou, pela primeira vez desde a crise de 2008, uma queda nas vendas de seus refrigerantes.

Enquanto isso, a Monster teve sua receita aumentada em 12% neste ano, segundo estimativas da Bloomberg, e pode aumentar suas vendas em 53% até 2017. O crescimento seria o maior entre todas as produtoras de bebidas avaliadas em mais de 50 milhões de dólares.

Alguns fatores, no entanto, teriam de ser pesados, como o valor da compra, que pode ultrapassar os 16 bilhões de dólares, e o fato de que os energéticos estão na mira das agências de saúde nos Estados Unidos. O ambiente regulatório pode atrapalhar os lucros de qualquer um que entrar neste meio.

Concorrência

Além da Coca-Cola, outras empresas poderiam se beneficiar da compra da Monster.

A InBev , que nos Estados Unidos produz a Budweiser, também tem acordos de distribuição com a companhia, e poderia ganhar com a diversificação de seu portfólio de produtos. Em 2012, 90% de sua receita veio das cervejas.

Já a Pepsi seria, talvez, a que mais se beneficiaria de um possível acordo. Ela teria um novo produto para enfrentar seu maior concorrente, ao mesmo tempo em que o impediria de crescer nessa nova área. O diretor executivo da empresa, porém, afirmou que não está interessado na compra.

O interesse de outras empresas pela Monster pode acelerar a decisão da Coca-Cola. Para a companhia, seria uma maneira de explorar o mercado de energéticos e bebidas saudáveis, em uma época em que os consumidores estão, cada vez mais, optando por elas em vez do tradicional – e não tão saudável – refrigerante. Até agora, porém, a empresa não confirmou seu interesse pela compra.

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