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Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2015 às 16h14.
São Paulo - A Chery anunciou nesta quarta-feira, 20, um investimento inicial de cerca de US$ 700 milhões para construção do Polo Industrial de Jacareí, no interior paulista, mesma cidade onde a montadora inaugurou, em agosto de 2014, sua primeira fábrica de veículos no País.
O montante será investido pela marca junto com outras 25 empresas fornecedoras que deverão se instalar no local.
Segundo a Chery, das 25 empresas, são doze produtoras de autopeças, cinco afiliadas, duas sistemistas, duas logísticas e três de serviços em geral.
Elas se instalarão em uma área total de 4 milhões de metros quadrados e devem gerar, juntas, 5 mil empregos. A previsão da montadora chinesa é de que o complexo esteja operando plenamente somente em 2017.
A Chery explicou que o projeto está sendo tocado em parceria com a Investe SP, que vai prestar assessoria gratuita aos interessados, e com a prefeitura de Jacareí.
A montadora aposta no parque de fornecedores para ajudar a marca a aumentar o índice de nacionalização no Brasil, que estava em 45% no fim de 2014.
O Polo Industrial de Jacareí já tinha sido anunciado pelo vice-presidente da empresa no Brasil, Luis Curi, no ano passado, mas só foi oficializado e teve os detalhes apresentados hoje durante abertura da Exposição dos Equipamentos e Manufaturados da China, no Rio de Janeiro. O evento reúne grandes empresas chinesas com operações no Brasil e segue até sexta-feira.
Os investimentos da Chery no País foram divulgados um dia após a montadora anunciar sua saída do Uruguai, alegando impossibilidade de concretizar exportações para o Brasil e Argentina e demora de um negócio com a Venezuela.
A empresa já estava inativa desde outubro no país, quando terminou de pagar obrigações trabalhistas a seus 250 trabalhadores fixos.
Fábrica
A fábrica da Chery em Jacareí foi inaugurada em agosto de 2014 e possui cerca de 500 funcionários. Com capacidade para produzir 50 mil veículos por ano, a fábrica está operando com metade da capacidade instalada, em razão da crise pela qual o setor automotivo passa. Na unidade, a marca chinesa produz em série, desde fevereiro, o modelo Celer.
Em abril, os metalúrgicos da fábrica entraram em greve, em protesto contra os baixos salários e condições de trabalho consideradas por eles como "ruins". Após 30 dias parados, os empregados chegaram a um acordo com a direção da empresa e voltaram ao trabalho.