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Pirelli, Colgate Palmolive e GM suspendem operações na Venezuela

Paralisações por falta de matéria-prima ameaçam ampliar a prolongada crise econômica que assola a nação sul-americana

Pirelli: fabricante de pneus paralisará sua produção na fábrica de Guacara, no estado de Carabobo, de "maneira indefinida" (Mark Thompson/Getty Images/Getty Images)
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EFE

Publicado em 7 de junho de 2017 às 06h49.

Última atualização em 8 de junho de 2017 às 14h54.

Caracas - As empresas Pirelli e Colgate Palmolive anunciaram a suspensão de suas operações na Venezuela por falta de matéria-prima, dois anúncios que se seguem ao da General Motors (GM), enquanto as autoridades do país caribenho informaram de um plano para "resguardar a estabilidade" dos trabalhadores.

A Pirelli anunciou através de um comunicado, divulgado nesta terça-feira pela imprensa local, que paralisará sua produção na fábrica de Guacara, no estado de Carabobo, de "maneira indefinida" perante a "indisponibilidade" de matérias para a elaboração dos seus produtos.

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No entanto, a fabricante de pneus de capital chinês indicou que o seu "compromisso com o país" lhe obriga a "realizar todas as gestões possíveis" para retomar as operações comerciais.

Por sua parte, a Colgate Palmolive, que elabora produtos de higiene bucal e pessoal, anunciou no último dia 2 de junho a paralisação das suas linhas de produção de sabão em pó e detergentes por causa da escassez de matéria-prima, que é importada.

A produção de creme dental e sabonete também já havia sido suspensa no último mês de fevereiro por falta de matéria-prima.

Estas paralisações se unem à já anunciada pela General Motors da Venezuela depois de um "amplo embargo" contra as suas instalações que foi emitido em meados de abril, após processos iniciados por dois particulares do estado de Zulia.

O ministro do Trabalho da Venezuela, Francisco Torrealba, disse que se tem estabelecido "contatos" com a força de trabalho da GM e da Colgate Palmolive para assegurar a continuidade dos funcionários de ambas fábricas, segundo publicou hoje o jornal "Correo del Orinoco".

Torrealba assegurou que "não está proposto" que o governo venezuelano ocupe ou exproprie a fábrica, que atravessou um longo litígio de 17 anos, segundo disse sem oferecer maiores detalhes.

A direção da montadora de veículos apontou em um comunicado que a sua decisão de encerrar operações é "irreversível", e garantiu que no seu caso houve "falta de respeito ao devido processo e ao direito legítimo à defesa".

Estas paralisações ameaçam aguçar a prolongada crise econômica que assola a nação sul-americana desde a abrupta queda dos preços do petróleo, o recurso que tributa ao país quase 96% dos seus investimentos.

Por causa desta crise econômica e pela baixa demanda, a companhia aérea United Airlines anunciou nesta segunda-feira a suspensão dos seus voos diretos de Houston até Caracas.

"Devido ao fato de que o nosso voo de Houston a Caracas não está cumprindo com nossas expectativas financeiras, decidimos suspender o serviço a partir de 1º de julho", disse à Agência Efe o porta-voz da companhia, Jonathan Guerin.

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