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Pierre Cardin quer vender marca por 1bilhão de euros

No entanto, o grupo de moda foi avaliado em 200 milhões de euros pelos bancos

Estilista Pierre Cardin, em uma entrevista ao Wall Street Journal: "Quero vender agora" (Etienne Laurent/AFP)
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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2011 às 13h44.

Paris - O estilista francês Pierre Cardin, cujo nome se transformou em uma famosa marca e uma grande empresa, disse que estaria disposto a vender seu grupo por 1 bilhão de euros, soma superior à avaliação feita por bancos.

"Quero vender agora", disse o estilista em uma entrevista publicada no site do jornal americano Wall Street Journal.

"Sei que não estarei mais aqui dentro de alguns anos, mas os negócios devem continuar", disse o estilista, de 88 anos, que não tem herdeiros.

Cardin coloca apenas uma condição para a venda do grupo: que seja mantido à frente da criação artística.

"Quero continuar sendo diretor de criação. Em nome do interesse e da reputação da marca", disse Cardin, primeiro estilista a ter lojas no Japão, em 1957, e a desfilar em Pequim, em 1979.

O preço exigido por Pierre Cardin é muito superior à avaliação dos bancos, que estimam o preço do grupo em 'apenas' 200 milhões de euros. As vendas da marca Cardin não são conhecidas, já que a sociedade não é obrigada a publicá-las, já que tem cotação em bolsa de valores.

"Uma marca como Cardin não pode ser avaliada como uma marca comum, porque depende de licenças, no que foi pioneira", disse Pierre Mallevays, do gabinete especializado Savigny Partners. "O preço é determinado multiplicando o montante dos direitos cobrados pelo grupo", explicou Mallevays.

Na França, onde Cardin emprega 450 pessoas, a marca é dona de uma só loja, mas administra entre 500 e 600 licenças em todo o mundo. A licença é um contra pelo qual Cardin confia a fabricação de seus produtos a uma empresa em troca dos direitos de uso de seu nome. Dessa forma, o nome de Cardin ou de seu restaurante Maxim's de Paris estão associados a uma surpreendente variedade de produtos, de água mineral a perfumes.

Para Mallevays, "financeiramente, Pierre Cardin é um bom negócio pois todas as licenças geram muito lucro".

Até agora não há um comprador em potencial, mas não há dúvidas de que o grupo vai despertar ambição. O grupo americano Iconix Brand poderia se apresentar como comprador, segundo fontes próximas da marca.

Também são cotados os grandes grupos franceses de luxo, LVMH e PPR, em concorrência permanente, "pois querem controlar as marcas que exploram", dizem os especialistas.

Em 2009, Cardin, que faz parte dos cinco franceses mais famosos do mundo, vendeu 32 licenças têxteis e de acessórios na China -mas não sua marca- às sociedades Jiangsheng Trading Company e Cardanro, por 200 milhões de euros.

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Paris - O estilista francês Pierre Cardin, cujo nome se transformou em uma famosa marca e uma grande empresa, disse que estaria disposto a vender seu grupo por 1 bilhão de euros, soma superior à avaliação feita por bancos.

"Quero vender agora", disse o estilista em uma entrevista publicada no site do jornal americano Wall Street Journal.

"Sei que não estarei mais aqui dentro de alguns anos, mas os negócios devem continuar", disse o estilista, de 88 anos, que não tem herdeiros.

Cardin coloca apenas uma condição para a venda do grupo: que seja mantido à frente da criação artística.

"Quero continuar sendo diretor de criação. Em nome do interesse e da reputação da marca", disse Cardin, primeiro estilista a ter lojas no Japão, em 1957, e a desfilar em Pequim, em 1979.

O preço exigido por Pierre Cardin é muito superior à avaliação dos bancos, que estimam o preço do grupo em 'apenas' 200 milhões de euros. As vendas da marca Cardin não são conhecidas, já que a sociedade não é obrigada a publicá-las, já que tem cotação em bolsa de valores.

"Uma marca como Cardin não pode ser avaliada como uma marca comum, porque depende de licenças, no que foi pioneira", disse Pierre Mallevays, do gabinete especializado Savigny Partners. "O preço é determinado multiplicando o montante dos direitos cobrados pelo grupo", explicou Mallevays.

Na França, onde Cardin emprega 450 pessoas, a marca é dona de uma só loja, mas administra entre 500 e 600 licenças em todo o mundo. A licença é um contra pelo qual Cardin confia a fabricação de seus produtos a uma empresa em troca dos direitos de uso de seu nome. Dessa forma, o nome de Cardin ou de seu restaurante Maxim's de Paris estão associados a uma surpreendente variedade de produtos, de água mineral a perfumes.

Para Mallevays, "financeiramente, Pierre Cardin é um bom negócio pois todas as licenças geram muito lucro".

Até agora não há um comprador em potencial, mas não há dúvidas de que o grupo vai despertar ambição. O grupo americano Iconix Brand poderia se apresentar como comprador, segundo fontes próximas da marca.

Também são cotados os grandes grupos franceses de luxo, LVMH e PPR, em concorrência permanente, "pois querem controlar as marcas que exploram", dizem os especialistas.

Em 2009, Cardin, que faz parte dos cinco franceses mais famosos do mundo, vendeu 32 licenças têxteis e de acessórios na China -mas não sua marca- às sociedades Jiangsheng Trading Company e Cardanro, por 200 milhões de euros.

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