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Pfizer, Novartis e Abbott estão na briga pela Aché

Leilão que pode avaliar o grupo brasileiro em mais de 5 bilhões de dólares, segundo fontes


	Aché: de capital fechado, empresa é atraente para as empresas farmacêuticas que procuram aumentar a presença no crescente mercado da América Latina.
 (Divulgação)

Aché: de capital fechado, empresa é atraente para as empresas farmacêuticas que procuram aumentar a presença no crescente mercado da América Latina. (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 18h17.

Londres/ Nova York- Pelo menos três das maiores farmacêuticas globais estão disputando a compra da Aché Laboratórios Farmacêuticos, num leilão que pode avaliar o grupo brasileiro em mais de 5 bilhões de dólares, disseram fontes com conhecimento do assunto.

Pfizer, Novartis e Abbott Laboratories estão avaliando participar de uma segunda rodada de ofertas pela Aché, o que garantiria a qualquer uma delas uma posição relevante no mercado farmacêutico brasileiro, disseram as fontes.

As propostas devem ser apresentadas na segunda metade de abril, afirmaram duas das fontes sob condição de anonimato.

A Aché, de capital fechado, é atraente para as empresas farmacêuticas que procuram aumentar a presença no crescente mercado da América Latina. Mas uma das famílias que têm participação na companhia manifestou interesse em manter sua fatia, o que pode tirar alguns concorrentes da disputa.

A GlaxoSmithKline havia mostrado interesse inicial, mas saiu do leilão, disseram as fontes.

Representantes das empresas multinacionais se recusaram a comentar o assunto.

Pessoas próximas ao processo disseram à Reuters em fevereiro que as famílias com participação relevante na Aché pediram que o banco de investimento Lazard explorasse uma venda, mas o processo permanece incerto devido à divergência entre as famílias controladoras.

"As pessoas estão um pouco preocupadas com a situação envolvendo as famílias e se perguntam se elas ficarão satisfeitas com o preço. Alguns interessados ​​se retiraram por essa razão", disse uma fonte.

A Lazard se recusou a comentar sobre o seu papel no processo e um porta-voz da Aché reiterou a posição de que a empresa não está à venda.

A Aché é o quarto maior laboratório farmacêutico no Brasil em termos de vendas gerais e líder quando considerados apenas os medicamentos com prescrição.

"Toda grande empresa farmacêutica quer estar em mercados emergentes e a Aché é a joia da coroa no Brasil", disse um profissional de um banco.

Os resultados da Aché antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) para este ano são estimados em cerca de 300 milhões de dólares. Os donos da empresa estão buscando um múltiplo do Ebitda de quase 20 vezes na venda, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

Um múltiplo de 15 a 20 vezes o Ebitda sugeriria um valor para a Aché de 4,5 bilhões a 6 bilhões de dólares.

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