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Petros quer que CVM investigue gestores de Bradesco e Caixa

O fundo pediu a investigação de eventuais irregularidades de administradores terceirizados dos FIPs Enseada e Brasil Petróleo 1

Petros: no caso do FIP Enseada, a representação é contra a BEM Distribuidora de Títulos e a Bradesco Asset Management, responsáveis pelo fundo constituído para investir na marca Gradiente
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Reuters

Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 18h39.

Última atualização em 14 de dezembro de 2016 às 20h23.

São Paulo - A Petros pediu para a Comissão de Valores Mobiliários ( CVM ) investigar irregularidades de gestores de fundos administrados por gestores do Bradesco e da Caixa Econômica Federal e que causaram perdas ao fundo de pensão dos funcionários da Petrobras.

Para a Petros, a BEM Distribuidora de Títulos e a Bradesco Asset Management, responsáveis pelo FIP Enseada, montado para investir na marca de produtos eletrônicos Gradiente, incorreram em conflito de interesse.

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Isso porque ambas são controladas pelo Bradesco, principal credor da Gradiente, cujo projeto de volta ao mercado fracassou, resultando na perda total para os cotistas. Para a Petros, o prejuízo foi de cerca de 17,5 milhões de reais.

Em outro caso, a Petros questiona Caixa Econômica Federal e os gestores Mare e Mantiq, responsáveis por administração e gestão do FIP Brasil Petróleo 1, criado em 2012 para investir no setor de óleo e gás.

A Petros alega que os gestores investiram recursos do fundo numa fábrica nos Estados Unidos, diferente da previsão original do investimento.

O negócio não obteve o desempenho esperado, provocando perda de 100,3 milhões de reais para o fundo, do qual a Petros detém 17,08 por cento de participação.

"Esta medida poderá ser estendida a outros ativos com objetivo de responsabilizar agentes que possam ter cometido irregularidades, aumentando a exposição do investimento ao risco", afirmou o presidente da Petros, Walter Mendes, em nota.

O Bradesco afirmou que não comenta assuntos que estejam sob discussão judicial ou administrativa. Consultada, a Caixa não respondeu até a publicação da reportagem.

Segunda maior fundação fechada de previdência do país, a Petros vem sofrendo seguidas perdas, entre outros fatores devido a investimentos fracassados.

O fundo pode aprovar ainda neste ano o plano para equacionar um déficit de 16 bilhões de reais.

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