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Petroleiros suspendem greve para iniciar rodada de negociação

Direção da Petrobras e petroleiros divergem, principalmente, sobre a demissão de pelo menos 400 trabalhadores no Paraná

Petrobras: a greve dos petroleiros já dura 20 dias (Sergio Moraes/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de fevereiro de 2020 às 17h38.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2020 às 18h18.

Os petroleiros suspenderam a greve da Petrobras , iniciada no dia primeiro deste mês, para iniciar uma nova rodada de negociação com a direção da estatal, sob a intermediação do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra. Os dois lados divergem, principalmente, sobre a demissão de pelo menos 400 trabalhadores da Araucária Nitrogenados (Ansa), no Paraná.

O presidente da estatal, Roberto Castello Branco, antecipou, porém, que os contratos de trabalho vão ser suspensos, independentemente da negociação de sexta, 21.

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"A decisão está fechada", disse o executivo, durante a coletiva de imprensa para detalhar o resultado financeiro de 2019.

Ele afirmou também que a empresa tem capacidade de suportar uma greve de longo prazo e classificou como "terroristas" uma parcela dos manifestantes que supostamente teriam coagido um ex-funcionário que havia sido contratado para a equipe de contingência.

A suspensão da greve, que durou 20 dias, foi definida na tarde desta quinta-feira, 20, após indicação da Federação Única dos Petroleiros (FUP), segundo fonte.

Se não houver um acordo, o sindicato vai indicar a retomada do movimento.

Os primeiros desligamentos na Ansa iriam acontecer no dia 14 de fevereiro. Mas foram suspensos até o início de março por determinação do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) para que também o sindicato local retome a conversa com a direção da empresa.

Ao contrário dos sindicatos, que falam em 1 mil desempregados, a estatal reconhece responsabilidade pelos 396 contratados diretos. "Não existe essa história de 1 mil empregados. O restante é dos fornecedores", disse Castello Branco.

A Petrobras atribui o fechamento da fábrica de fertilizantes aos sucessivos prejuízos que a Ansa estaria acumulando ao longo de anos. "Não é justo que a Petrobras carregue esse prejuízo para sempre", afirmou.

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