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Petroleiros podem parar por tempo indeterminado

Se as reivindicações não forem atendidas, a FUP pretende realizar uma greve por tempo indeterminado com parada de produção, que será decidida em 12 de junho

Petrobras: a expectativa é de grande adesão à greve e a carta enviada pelo presidente da petroleira não deve surtir nenhum efeito nos empregados (Ricardo Moraes/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de maio de 2018 às 18h26.

Rio - Os 14 sindicatos ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) estão realizando assembleias ao longo do dia para receber as últimas orientações em relação à greve de advertência que será iniciada amanhã e termina em 72 horas.

Se as reivindicações não forem atendidas, a FUP pretende realizar uma greve por tempo indeterminado com parada de produção, que será decidida em 12 de junho.

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Como adiantou a coluna da jornalista Sonia Racy, do jornal O Estado de S. Paulo, petroleiros do litoral paulista aprovaram greve por tempo indeterminado, na manhã desta terça-feira.

De acordo como diretor da FUP Simão Zanardi, a expectativa é de grande adesão à greve e a carta enviada pelo presidente da Petrobras , Pedro Parente, não deve surtir nenhum efeito nos empregados.

"A credibilidade dele (Parente) está muito em baixa, tanto entre os empregados como no mercado. Se ele desvincular os preços do mercado internacional quebra um acordo com o mercado", observou.

A greve tem como principais reivindicações o fim da venda de ativos da Petrobras; o aumento do volume processado pelas refinarias da estatal; e o fim da política atual de preços.

"Hoje estamos refinando 1,2 milhão de barris por dia (b/d) e podiam ser 2 milhões, a capacidade das refinarias da Petrobras", explicou o diretor ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

"Com isso o Brasil passou de 40 empresas importadoras de combustível para 300. Se aumentar o refino aqui não precisa vender as refinarias", afirmou.

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