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Petrobras registra queda de 4,5% na produção de combustíveis no 1º tri

Estatal petroleira destaca que a demanda por diesel e gasolina tiveram recuo de até 14,3% nos primeiros três meses deste ano

Petrobras: a produção de petróleo e gás da estatal atingiu, no primeiro trimestre deste ano, um total de 2,606 milhões de barris diários (Luiz Souza/NurPhoto/Getty Images)

Petrobras: a produção de petróleo e gás da estatal atingiu, no primeiro trimestre deste ano, um total de 2,606 milhões de barris diários (Luiz Souza/NurPhoto/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 27 de abril de 2020 às 20h05.

Última atualização em 27 de abril de 2020 às 20h05.

A produção de petróleo e gás da Petrobras atingiu no primeiro trimestre deste ano um total de 2,606 milhões de barris diários, uma queda de 4,5% em relação ao último trimestre do ano passado. Na comparação com os primeiros três meses de 2019, houve alta de 13,3%.

Entre janeiro e março, foram processados na refinaria 1,763 milhão de barris por dia, que representa um fator de utilização de 79% - um aumento de 3% em relação ao quarto trimestre do ano passado.

Porém, segundo a Petrobras, “apesar do resultado positivo, as restrições para a movimentação de pessoas e  para o funcionamento de segmentos da economia a partir do final do trimestre tiveram como consequência a queda  abrupta  na  demanda  interna  por  derivados  de  petróleo,  com  exceção  do  GLP”.

Assim, o volume de vendas de derivados ficou em 1,626 milhão de barris por dia no primeiro trimestre, uma queda de 6% em relação ao quarto trimestre e recuo de 6,4% ante o mesmo período do ano passado.

Porém, a companhia alerta que o resultado pode ser afetado no segundo trimestre. A Petrobras disse que reduziu em abril a produção para 2,07 milhões de barris por dia. Além disso, a capacidade de utilização das refinarias está em 60%.  O objetivo é manter o caixa e reduzir os estoques.

A Petrobras disse que, por conta da pandemia, foram feitas  otimizações  nas  plantas  de  forma  adequar  a  produção  de  derivados  ao  novo  perfil  de  demanda,  “buscando alcançar  a  máxima  rentabilidade do parque de refino”, disse a estatal.

Roberto Castello Branco, presidente da companhia, disse em nota que que “o petróleo tem  sido  e  será  ainda  por  muito  tempo  essencial  para  o  funcionamento  da  economia  moderna”.  Estamos  fortemente comprometidos em promover a resiliência da Petrobras ao cenário global extremamente hostil à indústria do petróleo”, afirmou o presidente.

Exportação cresce e bate recorde

Entre os combustíveis, o diesel registrou queda de 12,5% nas vendas em relação ao quarto trimestre e ao início do ano passado. No caso da gasolina, o recuo chegou a 13,8% em relação ao quarto trimestre e queda de 14,3% ante o primeiro trimestre de 2019. A QAV teve queda de 7,4% em relação ao fim do ano passado e recuo de 11,1% ante o primeiro trimestre de 2019.

Com a demanda em baixa no Brasil, a companhia aproveitou para elevar suas exportações de petróleo. Houve alta de 24,6% em relação ao quarto trimestre do ano passado, e alta de 63,2% em relação ao início de 2019. Segundo a estatal, foi um resultado recorde. Por isso, a companhia “Embora  haja  queda  na  demanda  global,  a retomada gradual da China, forte parceiro comercial, e a constante busca por novos mercados para nossos produtos, trazem a expectativa de que continuaremos tendo uma boa performance em nossas exportações”, disse a Petrobras.

A estatal também reportou uma queda de 33,9% na geração de energia elétrica em suas térmicas devido ao melhor nível de seus reservatórios.

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