Negócios

Petrobras reajusta contratos de gás com distribuidoras e eleva preços

Apesar do aumento no trimestre, os preços do gás natural acumulam redução de 38% desde dezembro de 2019

Petrobras: variação de preço será integralmente repassada ao consumidor final (Dado Galdieri/Bloomberg)

Petrobras: variação de preço será integralmente repassada ao consumidor final (Dado Galdieri/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 4 de novembro de 2020 às 17h42.

Última atualização em 4 de novembro de 2020 às 18h28.

A Petrobras reajustou em 1º de novembro os preços de venda de gás natural para distribuidoras em contratos iniciados em janeiro de 2020, informou a companhia em comunicado nesta quarta-feira, no qual destacou que os ajustes estão previstos em contrato e seguem variações nas cotações do petróleo e câmbio.

As empresas do futuro estão aqui. Conheça os melhores investimentos em ESG na EXAME Research

"O reajuste foi de 26% em US$/MMBtu em relação ao preço do gás de agosto de 2020. Quando medido em R$/m3, o reajuste é de 33%", detalhou a estatal.

Apesar do aumento no trimestre, os preços do gás natural acumulam redução de 38% desde dezembro de 2019, se considerados os valores em dólares por milhão de BTU e a taxa de câmbio de 30 de outubro, disse a Petrobras.

Em reais por metros cúbicos, os valores têm queda de 13% no mesmo período, acrescentou a empresa.

A companhia lembrou que o preço final ao consumidor não é determinado apenas pelo custo da molécula de gás e do transporte, mas também pelas margens das distribuidoras e pelos tributos federais e estaduais.

Em nota publicada também nesta quarta, a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) disse que qualquer variação no preço da molécula é integralmente repassada pelas concessionárias ao consumidor final.

"O serviço prestado pelas concessionárias estaduais é de distribuição da molécula do City Gate ao consumidor final. As concessionárias estaduais não são remuneradas pelo preço da molécula, mas sim pela tarifa de distribuição fixada pelas agências reguladoras estaduais", afirmou.

Segundo a entidade, em média, 17% do preço do gás é pago pelo consumidor às distribuidoras, correspondendo a fatores como operação e manutenção de ativos, enquanto 59% do valor equivale ao preço da molécula acrescido da tarifa de transporte e 24% são tributos federais e estaduais.

Acompanhe tudo sobre:GásGás e combustíveisVibra Energia

Mais de Negócios

Gestão de performance: os 5 erros mais comuns e como evitá-los

Vender a casa e continuar morando nela? Startup capta R$ 100 milhões para acelerar essa ideia

Os bilionários que mais ganharam dinheiro em 2024

Número de bilionários cresce no Brasil; soma das fortunas supera 230 bilhões de dólares