Exame Logo

Petrobras precisará de US$5,3 bi para Comperj, diz deputado

A Petrobras precisará da quantia para concluir o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, refinaria em construção na região metropolitana do Rio, diz deputado

Canteiro de obras da Refinaria do COMPERJ, Rio de Janeiro: do total que falta investir, US$ 2,5 bilhões seriam para a conclusão da refinaria (Agência Petrobras)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2016 às 19h50.

Rio - A Petrobras vai precisar de US$ 5,3 bilhões para concluir o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), refinaria em construção na região metropolitana do Rio, uma das obras mais caras da estatal. Segundo o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ) a informação foi apresentada à Câmara dos Deputados pela empresa.

Do total que falta investir, US$ 2,5 bilhões seriam para a conclusão da refinaria. Outros US$ 2,8 bilhões são necessários para instalar a planta de gás e rede de dutos por onde serão transportados gás natural e petróleo.

Segundo Leite, a Petrobras informou que ainda busca parceiros para se associarem ao Comperj. Os detalhes da negociação com possíveis sócios não foram informados pela petroleira, que argumentou que esses são dados estratégicos.

"Acredito que a dificuldade da Petrobras será em conseguir achar um parceiro que a aceite como única fornecedora do petróleo que será processado na refinaria. Nessas condições, o preço do óleo será fechado, não há concorrência", afirmou o deputado.

A construção do Comperj se arrasta desde 2008, quando Paulo Roberto Costa, um dos primeiros acusados a fazerem acordo de delação premiada nas investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, ainda estava à frente do projeto, na posição de diretor de Abastecimento da Petrobras.

O plano era construir duas refinarias, uma delas voltada para a produção de produtos petroquímicos, que servem de insumos para a cadeia de produção de plásticos, além de uma planta de processamento de gás natural.

De lá para cá, os custos de construção explodiram, alguns dos contratos com empreiteiras da obra foram citados na Lava Jato e o crescimento da produção de gás de folhelho (shale gas) nos Estados Unidos mudou completamente o mercado mundial da petroquímica, devolvendo competitividade à indústria norte-americana.

A crise financeira da Petrobras foi a gota d'água, e a estatal abandonou o projeto original da refinaria petroquímica, reduzindo o desenho do Comperj a uma unidade produtora de combustíveis a partir do petróleo que será extraído do pré-sal.

Aos deputados, a petroleira informou que 86% da refinaria e 36% da planta de gás já foram concluídos, o que custou US$ 14 bilhões (R$ 47,8 bilhões) até agora. "Pressionei muito a Petrobras para saber o andamento do projeto e se as obras serão concluídas, mas a empresa pediu compreensão por não responder, porque o processo de negociação com possíveis sócios está em andamento", disse Leite.

Além da retomada das obras do Comperj, o deputado tucano disse que tem como prioridade, na Câmara, a aprovação com urgência do projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP) que acaba com a obrigatoriedade da Petrobras de participar em, pelo menos, 30% dos consórcios de exploração do pré-sal. O governo do presidente em exercício Michel Temer passou a apoiar o projeto. A intenção, de acordo com o deputado, é votar o projeto, aprovado no Senado, na semana que vem.

Veja também

Rio - A Petrobras vai precisar de US$ 5,3 bilhões para concluir o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), refinaria em construção na região metropolitana do Rio, uma das obras mais caras da estatal. Segundo o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ) a informação foi apresentada à Câmara dos Deputados pela empresa.

Do total que falta investir, US$ 2,5 bilhões seriam para a conclusão da refinaria. Outros US$ 2,8 bilhões são necessários para instalar a planta de gás e rede de dutos por onde serão transportados gás natural e petróleo.

Segundo Leite, a Petrobras informou que ainda busca parceiros para se associarem ao Comperj. Os detalhes da negociação com possíveis sócios não foram informados pela petroleira, que argumentou que esses são dados estratégicos.

"Acredito que a dificuldade da Petrobras será em conseguir achar um parceiro que a aceite como única fornecedora do petróleo que será processado na refinaria. Nessas condições, o preço do óleo será fechado, não há concorrência", afirmou o deputado.

A construção do Comperj se arrasta desde 2008, quando Paulo Roberto Costa, um dos primeiros acusados a fazerem acordo de delação premiada nas investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, ainda estava à frente do projeto, na posição de diretor de Abastecimento da Petrobras.

O plano era construir duas refinarias, uma delas voltada para a produção de produtos petroquímicos, que servem de insumos para a cadeia de produção de plásticos, além de uma planta de processamento de gás natural.

De lá para cá, os custos de construção explodiram, alguns dos contratos com empreiteiras da obra foram citados na Lava Jato e o crescimento da produção de gás de folhelho (shale gas) nos Estados Unidos mudou completamente o mercado mundial da petroquímica, devolvendo competitividade à indústria norte-americana.

A crise financeira da Petrobras foi a gota d'água, e a estatal abandonou o projeto original da refinaria petroquímica, reduzindo o desenho do Comperj a uma unidade produtora de combustíveis a partir do petróleo que será extraído do pré-sal.

Aos deputados, a petroleira informou que 86% da refinaria e 36% da planta de gás já foram concluídos, o que custou US$ 14 bilhões (R$ 47,8 bilhões) até agora. "Pressionei muito a Petrobras para saber o andamento do projeto e se as obras serão concluídas, mas a empresa pediu compreensão por não responder, porque o processo de negociação com possíveis sócios está em andamento", disse Leite.

Além da retomada das obras do Comperj, o deputado tucano disse que tem como prioridade, na Câmara, a aprovação com urgência do projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP) que acaba com a obrigatoriedade da Petrobras de participar em, pelo menos, 30% dos consórcios de exploração do pré-sal. O governo do presidente em exercício Michel Temer passou a apoiar o projeto. A intenção, de acordo com o deputado, é votar o projeto, aprovado no Senado, na semana que vem.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosCapitalização da Petrobrascidades-brasileirasCombustíveisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasIndústria do petróleoMetrópoles globaisPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilRio de Janeiro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame