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Petrobras não comenta fala de Lobão sobre lucro

O ministro disse que não se cogita reajuste da gasolina neste momento e que a Petrobras deve registrar lucro acima de R$ 20 bilhões neste ano


	Edison Lobão: a CVM também preferiu não se posicionar sobre a fala do ministro
 (REUTERS / Ueslei Marcelino)

Edison Lobão: a CVM também preferiu não se posicionar sobre a fala do ministro (REUTERS / Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 16h38.

Rio - A Petrobras (PETR4) informou nesta quarta-feira, 4, via assessoria de imprensa, que não vai comentar as declarações do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, com previsões para o resultado anual da companhia e o aumento de combustíveis.

O ministro disse a jornalistas, em evento no Rio na terça, 3, que não se cogita reajuste da gasolina neste momento e que a Petrobras deve registrar lucro acima de R$ 20 bilhões neste ano.

Indagado se estava se referindo a lucro ou faturamento da empresa, ele sorriu e respondeu: "Espero que seja lucro".

Os comentários geraram desconforto para dois acionistas minoritários que entraram, neste ano, com processos paralelos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pelo que consideram ser falhas de gestão da companhia.

Eles dizem que Lobão, na condição de representante do governo (acionista majoritário), viola leis de mercado ao antecipar previsões de resultado da Petrobras, que podem inclusive não se confirmar.

Também contestam o fato de Lobão admitir abertamente influência do governo na decisão de reajuste de preços. Legalmente, o aumento é decisão da diretoria da petroleira.

Os acionistas preferem não se identificar antes de estudar se cabe entrar com novas medidas legais por interferência governamental e violação de leis de mercado.

A CVM também preferiu não se posicionar sobre a fala do ministro. "A CVM não tem comentários a fazer sobre as declarações", disse a xerife do mercado financeiro, em nota.

"Não obstante, informamos que a Autarquia acompanha e analisa as informações e movimentações no mercado e adota as medidas cabíveis, quando necessário."

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