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Petrobras investiu R$ 20 bi em gasolina menos poluente

Os números foram apresentados nesta terça-feira, 7, pela estatal

Refinaria da Petrobras: para processar a gasolina do tipo S-50 , a Petrobras investiu na construção de 21 unidades em suas 11 refinarias (EXAME/Arquivo)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2014 às 16h06.

Rio - A Petrobras investiu R$ 20,6 bilhões em nove anos para entregar uma gasolina comum menos poluente, mas terá que absorver esse custo internamente, pois a mudança não influenciará na política de preços.

Os números foram apresentados nesta terça-feira, 7, pela estatal. Para processar a gasolina do tipo S-50 , a Petrobras investiu na construção de 21 unidades em suas 11 refinarias.

A gasolina no novo padrão está disponível em todos os postos desde o dia 1º, conforme determinação da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com o investimento, todo o parque de refino da estatal está apto a produzir a gasolina S-50 (com 50 partes por milhão de enxofre, ou ppm). Pela regulamentação anterior, a gasolina podia ter até 800 ppm.

Segundo Frederico Kremer, gerente de soluções comerciais e desenvolvimento de produtos do abastecimento da Petrobras, embora os investimentos não possam ser repassados aos preços , a estatal não sai perdendo com a importação.

Nos últimos anos, com a capacidade de refino no limite, a Petrobras tem aumentado as importações de combustíveis, fazendo sangrar o caixa da empresa, pois os preços lá fora têm subido mais do que a estatal cobre internamente.

"O produto que a Petrobras vinha importando já tinha essa qualidade", afirmou Kremer, em entrevista coletiva, no Rio.

O executivo rebateu críticas à demora na adaptação dos padrões nacionais de combustíveis às normas internacionais de poluentes. "Mudar os níveis de teor de enxofre dos combustíveis demanda tempo", afirmou Kremer, citando a elaboração e execução dos projetos de adaptação de cada refinaria.

Tudo começou com a Resolução 315 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de 2002, que estabeleceu padrões para a emissão de poluentes por veículos automotores, mas cuja implementação teve prazos adiados.

Fabricantes de veículos alegavam que não podiam colocar no mercado os novos motores sem o combustível disponível e a Petrobrás alegava que o novo combustível não surte efeito em motores antigos.

Kremer reconheceu que a gasolina S-50 emite menos óxidos de enxofre (SOx) em qualquer motor, mas, ponderou o executivo, não se trata mais de um poluente relevante. Com a nova gasolina, deixam de ser emitidas 35.000 toneladas ao ano de SOx na atmosfera, ou 94% menos, segundo a Petrobrás.

A gasolina S-50 promete ainda menos custos para os donos de veículos. Com menos enxofre, o combustível gera menos depósitos em válvulas, bicos injetores e outros componentes, reduzindo o custo de manutenção.

Em meio a sucessivos problemas com as refinarias da Petrobras, que operam no limite de capacidade, o diretor de Abastecimento da companhia, José Carlos Cosenza, alegou imprevistos na agenda para não participar da entrevista nesta terça. Perguntado, Kremer não comentou o assunto. Segundo a assessoria da imprensa da Petrobras, o executivo não acompanha o assunto.

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Rio - A Petrobras investiu R$ 20,6 bilhões em nove anos para entregar uma gasolina comum menos poluente, mas terá que absorver esse custo internamente, pois a mudança não influenciará na política de preços.

Os números foram apresentados nesta terça-feira, 7, pela estatal. Para processar a gasolina do tipo S-50 , a Petrobras investiu na construção de 21 unidades em suas 11 refinarias.

A gasolina no novo padrão está disponível em todos os postos desde o dia 1º, conforme determinação da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com o investimento, todo o parque de refino da estatal está apto a produzir a gasolina S-50 (com 50 partes por milhão de enxofre, ou ppm). Pela regulamentação anterior, a gasolina podia ter até 800 ppm.

Segundo Frederico Kremer, gerente de soluções comerciais e desenvolvimento de produtos do abastecimento da Petrobras, embora os investimentos não possam ser repassados aos preços , a estatal não sai perdendo com a importação.

Nos últimos anos, com a capacidade de refino no limite, a Petrobras tem aumentado as importações de combustíveis, fazendo sangrar o caixa da empresa, pois os preços lá fora têm subido mais do que a estatal cobre internamente.

"O produto que a Petrobras vinha importando já tinha essa qualidade", afirmou Kremer, em entrevista coletiva, no Rio.

O executivo rebateu críticas à demora na adaptação dos padrões nacionais de combustíveis às normas internacionais de poluentes. "Mudar os níveis de teor de enxofre dos combustíveis demanda tempo", afirmou Kremer, citando a elaboração e execução dos projetos de adaptação de cada refinaria.

Tudo começou com a Resolução 315 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de 2002, que estabeleceu padrões para a emissão de poluentes por veículos automotores, mas cuja implementação teve prazos adiados.

Fabricantes de veículos alegavam que não podiam colocar no mercado os novos motores sem o combustível disponível e a Petrobrás alegava que o novo combustível não surte efeito em motores antigos.

Kremer reconheceu que a gasolina S-50 emite menos óxidos de enxofre (SOx) em qualquer motor, mas, ponderou o executivo, não se trata mais de um poluente relevante. Com a nova gasolina, deixam de ser emitidas 35.000 toneladas ao ano de SOx na atmosfera, ou 94% menos, segundo a Petrobrás.

A gasolina S-50 promete ainda menos custos para os donos de veículos. Com menos enxofre, o combustível gera menos depósitos em válvulas, bicos injetores e outros componentes, reduzindo o custo de manutenção.

Em meio a sucessivos problemas com as refinarias da Petrobras, que operam no limite de capacidade, o diretor de Abastecimento da companhia, José Carlos Cosenza, alegou imprevistos na agenda para não participar da entrevista nesta terça. Perguntado, Kremer não comentou o assunto. Segundo a assessoria da imprensa da Petrobras, o executivo não acompanha o assunto.

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