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Petrobras espera ter capitalização aprovada em maio

Nova York - O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse hoje que espera que o projeto de capitalização, que já passou na Câmara, seja aprovado pelo Senado em maio deste ano. "Não trabalhamos com outra hipótese que não seja a aprovação. É um bom negócio para o País. Estamos correndo contra o tempo", afirmou. […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Nova York - O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse hoje que espera que o projeto de capitalização, que já passou na Câmara, seja aprovado pelo Senado em maio deste ano. "Não trabalhamos com outra hipótese que não seja a aprovação. É um bom negócio para o País. Estamos correndo contra o tempo", afirmou. "Aliás, quero voltar logo para o Brasil para acompanhar isso de perto, pois o nosso tempo é curto", completou Barbassa, em encontro com empresários na Câmara de Comércio Brasil-EUA, em Nova York.

Segundo ele, a aprovação é uma das premissas para que a Petrobras possa investir de R$ 200 bilhões a R$ 220 bilhões entre 2010 e 2014, ante US$ 174,4 bilhões do plano de investimentos de 2009 a 2013. A outra premissa do plano de investimentos, lembrou Barbassa, é ter um preço médio para o petróleo tipo Brent de US$ 64 a US$ 77 o barril. Ele observou que o plano de investimentos para este ano é de US$ 88,5 bilhões - 25% a mais que o ano passado, quando foram investidos US$ 78,8 bilhões.

"Estamos preparados para aumentar nossa margem na produção de petróleo. Temos projetos sólidos e rentáveis e a aprovação do projeto de capitalização nos dá força financeira", disse. O diretor considera, para este plano de investimentos, um cenário em que o Brasil tenha um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4% a 5% neste ano e nos seguintes.

Viagem à China

O diretor financeiro da Petrobras disse ainda que sua recente viagem à China não teve como objetivo levantar capital. "Estive na China na semana passada para encontrar empresários interessados em investir no País. Não fui para levantar capital", afirmou, ressaltando que esta é uma possibilidade que não está descartada para o futuro. "Não posso dizer que isso não será feito. As coisas acontecem na hora certa."

Barbassa voltou a dizer que a Petrobras está com uma situação "confortável" de caixa e que não pretende fazer emissão de dívida no primeiro semestre deste ano. Segundo ele, o foco da companhia nesta primeira metade do ano está voltado para a aprovação do projeto de capitalização da empresa. "Não pretendemos ir a mercado nesta metade do ano. Estamos confortáveis", disse.

A Petrobras fechou 2009 com lucro líquido total de R$ 28,9 bilhões, ante R$ 32,9 bilhões em 2008. No quarto trimestre do ano passado, a estatal teve lucro de R$ 8,13 bilhões, ante os R$ 6,19 bilhões do mesmo período de 2008.

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