Negócios

Petrobras cria empresa de sondas do pré-sal

Estaleiro EAS e Sete BR, gerida pela Caixa, fabricarão primeiro lote de materiais

Petrobras: nova empresa para cuidar das sondas destinadas à exploração do pré-sal (Germano Lüders)

Petrobras: nova empresa para cuidar das sondas destinadas à exploração do pré-sal (Germano Lüders)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2011 às 11h55.

São Paulo - A diretoria da Petrobras aprovou nesta sexta-feira (11/2) o processo de licitação para a construção no Brasil de sete sondas -- de um total de 28 unidades -- para o programa de perfuração marítima de longo prazo, prioritariamente para poços no pré-sal. A previsão de entrada em operação das novas sondas é para 2015. As demais 21 também serão produzidas no país.

O vencedor do primeiro lote foi o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), de Pernambuco, com o preço final de 4,637 bilhões de dólares – uma redução de 13 milhões de dólares em relação à proposta original. O preço final de cada sonda ficou em 662.428.590 milhões de dólares.

O contrato de afretamento será realizado com a Sete BR, que assumirá o contrato de construção com o EAS. A Sete BR é uma empresa constituída pelo Fundo de Investimentos em Participações (FIP Sondas), gerido pela Caixa Econômica Federal (CEF), que detém 90% da empresa e terá como cotistas investidores de mercado, incluindo fundos de pensão e bancos de investimentos brasileiros. A Petrobras deterá 10% das ações da nova empresa.

A Sete BR admitirá como parceiras e co-proprietárias dos navios-sonda empresas com experiência para efetuar a operação das sondas na prestação dos serviços contratados pela Petrobras. A taxa diária de afretamento correspondente ao equipamento já foi definida e, quando adicionada à taxa média vigente para operação, totaliza um custo entre 430.000 dólares e 475.000 dólares por dia, em linha com as taxas mais competitivas do mercado internacional.

Para financiar a construção das sondas, a Sete BR contará com o capital próprio, provido pelos sócios, e com recursos de financiamento de longo prazo concedidos pelo BNDES, que irá financiar a parcela correspondente ao conteúdo brasileiro de bens e serviços para construção de cada sonda, além de recursos provenientes das agências de fomento à exportação dos países que fornecerão o conteúdo a ser importado e dos bancos comerciais. Os financiadores terão em seu benefício uma garantia de performance contratada pelo estaleiro EAS e uma garantia de crédito contratada pela Sete BR, ambas fornecidas pelo Fundo Garantidor da Construção Naval (FGCN).

“O objetivo da Petrobras com o Projeto Sondas é criar condições para que seja técnica e economicamente viável a construção de plataformas de última geração para águas profundas e ultraprofundas no Brasil, a exemplo do que fez com plataformas de produção, que hoje são integralmente produzidas no país, dentro dos parâmetros mundiais de qualidade”, afirmou a empresa em comunicado.

A Diretoria Executiva decidiu também cancelar outra licitação em curso destinada à contratação de até duas sondas de perfuração em função dos preços apresentados, que não se mostraram vantajosos para a companhia.

O terceiro processo licitatório, destinado à contratação do afretamento de lotes de até quatro sondas de perfuração está em análise, com expectativa de conclusão em até 30 dias.

Acompanhe tudo sobre:EnergiaPetróleoPré-sal

Mais de Negócios

Não deixe o medo te parar: aula gratuita revela segredo para abrir um negócio mesmo sem experiência

Ex-executivo do Safra, hoje ele fatura R$ 14 milhões empreendendo no mercado de implante capilar

Conheça o instituto que viabiliza projetos sociais em diferentes regiões do Brasil

Ajuda da Renner ao RS terá impacto de R$ 50 milhões, diz CEO. O próximo passo: uma coleção especial

Mais na Exame