Negócios

Petrobras afasta gerente-executivo em reforma da comunicação

De acordo com a Petrobras, a decisão pelo afastamento se enquadra na visão de que a empresa passará por um processo de renovação de sua comunicação


	Petrobras: Nery será substituído interinamente pelo chefe de gabinete da presidência da companhia, Antônio Augusto Almeida Faria
 (Sergio Moraes/ Reuters)

Petrobras: Nery será substituído interinamente pelo chefe de gabinete da presidência da companhia, Antônio Augusto Almeida Faria (Sergio Moraes/ Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2016 às 14h34.

Rio de Janeiro -  A Petrobras informou nesta quinta-feira que afastou o gerente-executivo de Comunicação e Marcas, Luís Fernando Nery, após iniciar um processo de mudanças na área.

De acordo com a Petrobras, a decisão pelo afastamento se enquadra na visão de que a empresa passará por um processo de renovação de sua comunicação interna, externa e de marcas após a revisão do plano de negócios, o que deve ocorrer até o fim de setembro.

Nery será substituído interinamente pelo chefe de gabinete da presidência da companhia, Antônio Augusto Almeida Faria.

Na mesma nota, a Petrobras respondeu a uma matéria publicada pelo jornal O Globo, nesta quinta-feira, apontando que a petroleira estatal teria pago milhões de reais em ingressos para o Carnaval de Salvador para presentear políticos.

A Petrobras disse que suspendeu a compra de convites e outras formas de participação no Carnaval da Bahia, mantendo apenas apoio aos blocos afro.

Na nota, a petroleira disse ainda que limitou a exigência de contrapartida em ingressos em seus patrocínios e centralizou contratações da área de comunicação para ter maior controle.

A matéria de O Globo afirmou que investigações internas da companhia mostraram que, além de gastos com a compra de ingressos, a Petrobras teria direcionado recursos, entre 2008 e 2015, ao trio elétrico fundado por Francisco Alberto Tripodi Filho, primo de Armando Tripodi, chefe de gabinete da presidência da Petrobras na gestão de José Sergio Gabrielli.

A Petrobras não comentou detalhes da matéria do jornal, mas explicou que uma investigação da Comissão Interna de Apuração (CIA), criada com base nos achados de uma auditoria interna, deve ser concluída no fim de agosto.

"Os mecanismos de governança da Petrobras definem que eventuais punições a empregados da empresa devem ser aplicadas após a apuração completa dos fatos", afirmou.

Procurada, a Petrobras explicou que não há nada imputado a Nery nas investigações que ocorrem sobre a compra de ingressos.

A empresa informou que "tomará todas as medidas legais para buscar o ressarcimento de danos, além de encaminhar esse material aos órgãos de investigação competentes para futuras ações na Justiça". Eventuais irregularidades cometidas por ex-empregados ou pessoas que não são ligadas à companhia deverão ser apuradas nesses procedimentos, de acordo com a companhia.

Em meio a uma busca por redução de custos, a Petrobras anunciou no ano passado que cortaria quase pela metade o número de vagas de funcionários que atuavam na área de comunicação da empresa, que era de 1.146 antes dos cortes.

Texto atualizado às 14h34

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisComunicaçãoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasIndústria do petróleoPetrobrasPetróleoreformas

Mais de Negócios

Empreendedorismo feminino cresce com a digitalização no Brasil

Quanto aumentou a fortuna dos 10 homens mais ricos do mundo desde 2000?

Esta marca brasileira faturou R$ 40 milhões com produtos para fumantes

Esse bilionário limpava carpetes e ganhava 3 dólares por dia – hoje sua empresa vale US$ 2,7bi