Abreu e Lima: "É um processo produtivo importante para a companhia", disse diretor (Divulgação/Petrobras)
Da Redação
Publicado em 11 de agosto de 2014 às 15h23.
Rio e São Paulo - Com início de operação previsto para novembro, a nova Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, deverá atingir o pico de produção somente em janeiro de 2015.
A estimativa é do diretor de abastecimento da companhia, José Consenza.
Segundo ele, nesse período, a unidade deve processar 115 mil barris de óleo por dia.
Ainda segundo Consenza, o segundo trem da refinaria, com início previsto para maio de 2015, também deve acrescentar à produção de derivados da companhia mais 115 mil barris de óleo em seu pico de produção, totalizando em toda a unidade Rnest 230 mil barris processados diariamente.
"É um processo produtivo importante para a companhia", destacou Consenza.
Mais cedo, o diretor afirmou também que a unidade já está em procedimento de partida, com alguns sistemas sendo avaliados para o início da operação no dia 4 de novembro.
Meta
A meta de crescimento de 7,5% da produção da Petrobras neste ano, comparada a 2013, é considerada factível pelo diretor de Exploração e Produção da empresa, José Formigli.
Segundo ele, embora a média de avanço tenha sido de 2% ao mês no segundo trimestre do ano, todo o esforço da empresa e entrada de novos poços no segundo semestre permitirão atingir a meta.
"É claro que tem um grande esforço a ser feito. Por isso, toda mobilização. Mas as coisas estão evoluindo conforme o previsto", disse Formigli.
Poços secos
Formigli esclareceu sobre o aumento das despesas operacionais com a devolução de campos e poços secos, item que pesou sobre o resultado do segundo trimestre da companhia.
Segundo o diretor, a companhia registrou poços secos em terra e no offshore, em camadas do pós-sal.
"A Petrobras tem uma visão clara de que, se a análise econômica indica que uma área não é viável, procuramos ver se alguém tem interesse para desinvestir. Quando não tem, devolvemos as áreas", afirmou Formigli, ao comentar os resultados do trimestre.
Segundo ele, a companhia manteve o nível de 100% de sucesso exploratório na área do pré-sal, mas teve perdas em poços da Bacia de Campos, áreas mais maduras entre os ativos da estatal.
"Na Bacia de Campos, tínhamos poços antigos, perfurados no pré-sal, que tínhamos pleiteado à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) uma extensão, o que não foi aceito. Então, devolvemos as áreas", completou.