Payface, de reconhecimento facial, faz rodada série A com BTG e Oikos
Aporte não teve valor revelado. Recursos devem ampliar estratégia comercial da fintech, que vende tecnologia a supermercados e farmácias
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Ricardo Fritsche e Eládio Isoppo, fundadores da Payface, de Florianópolis: reconhecimento facial para facilitar a compra em supermercados e farmácias (Divulgação/Divulgação)
Publicado em 9 de junho de 2022, 17h00.
Última atualização em 9 de junho de 2022, 18h20.
Fundada em 2018, a startup de reconhecimento facial para pagamentos Payface recebe investimento em rodada série A liderada pelo fundo de investimento gerido pelo banco BTG Pactual. O aporte também teve participação do multifamily office Oikos.
A fintech de Florianópolis nasceu com o propósito de reduzir as filas em estabelecimentos comerciais e acelerar o processo de compra.
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O que faz a Payface
A Payface utiliza a tecnologia de liveness detection, um método de inteligência artificial para diferenciar o rosto de uma pessoa real de uma foto, vídeo ou até máscara do usuário.
Por trás de tudo isso está a promessa de permitir ao consumidor fazer uma compra sem precisar aproximar o cartão de crédito a uma maquininha ou, então, utilizar o celular para completar a transação.
Pelo sistema da Payface, os dados da face de um consumidor vão diretamente para o software de pagamentos do varejista. Basta ao cliente, então, colocar sua senha para fechar a compra.
Atualmente a tecnologia da Payface está em 500 pontos de venda em seis estados. Entre os clientes estão supermercados premium como St. Marche, em São Paulo, e Zona Sul, no Rio de Janeiro.
Os planos pós-aporte
Com o aporte, a fintech quer chegar a 1.000 pontos de vendas até o fim do ano.
O investimento foi em forma de equity na holding internacional, em caráter minoritário, e não teve seu valor divulgado.
O fundo de investimento gerido pelo BTG Pactual passa a compor o atual conjunto de investidores da fintech, que conta com nomes como BRQ e Harvard Angels.
A Payface tem em seu conselho executivos como Conrado Engel (ex HSBC e Santander), Roberto Medeiros (ex Redecard e Multiplus), Roberto Nishikawa (ex Itaú) e Wagner Aguado (ex Bradesco), além de novo conselheiro indicado pelo fundo.
Com o aporte, a Payface planeja aumentar o time de 50 para 100 funcionários, além de ampliar vendas a varejistas, inicialmente, de grande porte.
Em paralelo, também foi celebrado acordo operacional entre as empresas, para que a Payface passe a oferecer a tecnologia aos clientes BTG Pactual.
"Estamos muito felizes com mais esse passo na evolução do negócio. Tendo o BTG como parceiro estratégico, será possível acessarmos novos clientes, expandindo nossa atuação para diferentes regiões do Brasil, além de continuarmos a evolução tecnológica da nossa solução”, conta Eládio Isoppo, CEO e cofundador da fintech.
A Payface contou com a assessoria da LKC, especializada em M&A, e teve apoio jurídico da Campos Thomaz & Meirelles.

Tecnologia da Payface: planos de chegar a 1.000 pontos comerciais até o fim de 2022 (Divulgação/Divulgação)
Quem são os fundadores
Isoppo e o sócio Ricardo Fritsche são empreendedores seriais no ecossistema de inovação de Santa Catarina. Antes da Payface, ele fundou a H2App, um aplicativo para pedir galão de água mineral vendido para a fabricante de bebidas Santa Rita em 2017.
Além disso, foi head da empresa de softwares Softplan, uma incubadora relevante de boas ideias de negócios na capital catarinense.
Fritsche fundou a edtech Meritt, desenvolvedora de tecnologias para o monitoramento do aprendizado em escolas vendida à Cogna em 2020.
A ideia da Payface veio nos bancos da Universidade Federal de Santa Catarina, onde ambos estudaram cursos na área de tecnologia.
“O investimento minoritário em conjunto com o acordo operacional corrobora nossa estratégia de prover a melhor infraestrutura financeira para os nossos clientes, além de impulsionar o ecossistema de startups do Brasil", diz Marcos Xavier, sócio do BTG Pactual, responsável pelo banking as a service.
A rodada passada
A startup oferece a tecnologia de biometria facial conectando-se com todo o ecossistema de meios de pagamento — de cartões de crédito, private labels (cartões de varejistas), wallets (carteiras virtuais), adquirentes e subadquirentes.
Sem que o usuário necessite utilizar um dispositivo ou o próprio cartão, a solução permite ao varejista diminuir filas, além de agilizar e melhorar a experiência do consumidor no momento de identificação e pagamento no caixa.
Em 2019, a startup recebeu investimento pré-seed em 2019 e finalizou sua rodada seed em 2020, quando alcançou 3 milhões de reais captados.
Na ocasião, os aportes foram feitos pela BRQ Digital Solutions, pelo fundo Next A&M da consultoria Alvarez & Marsal, pela aceleradora Darwin Startups, além de grupos de investidores apoiados pela Harvard Angels e Nikkey Empreendedores do Brasil (NEB), e individuais como o Conrado Engel, ex-presidente do HSBC no Brasil.
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