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Pasta de dente e enxaguante matam coronavírus, diz Colgate

Esses produtos de higiene podem matar o vírus na boca de pessoas já infectadas e reduzir a transmissão para outras pessoas.

Colgate: Produtos neutralizam o coronavírus presente na saliva (Susana Gonzalez/Bloomberg/Bloomberg)

Colgate: Produtos neutralizam o coronavírus presente na saliva (Susana Gonzalez/Bloomberg/Bloomberg)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 20 de novembro de 2020 às 18h28.

Última atualização em 20 de novembro de 2020 às 18h30.

Estudos de laboratório mostram que cremes dentais com fórmulas contendo zinco e enxaguantes bucais com cloreto de cetilpiridínio (CPC) neutralizam em até 99,9% o coronavírus, diz a Colgate. Esses produtos de higiene podem matar o vírus na boca de pessoas já infectadas e reduzir a transmissão para outras pessoas.

Os estudos fazem parte de um programa de pesquisa da Colgate-Palmolive que inclui estudos clínicos entre pessoas infectadas, para avaliar a eficácia dos produtos de higiene bucal na redução da quantidade do coronavírus na boca, potencialmente retardando a transmissão do vírus. 

Esses testes são pioneiros em incluir cremes dentais. Os cremes dentais Colgate Total 12® neutralizaram 99,9% do vírus após dois minutos de contato. Os enxaguantes bucais Colgate Total 12®, Colgate Plax® e Colgate PerioGard® tiveram nível de eficácia semelhante após 30 segundos. Os estudos, concluídos em outubro, foram conduzidos em parceria com o Instituto de Pesquisa em Saúde Pública da Universidade de Medicina Rutgers, em Nova Jersey (NJMS) e o Regional Biosafety Laboratories.

Os resultados ainda não foram publicados em revistas científicas e pesquisadores planejam compartilhar os resultados no início de dezembro. Estudos clínicos adicionais patrocinados pela Colgate em cremes dentais e enxaguantes bucais estão em estágios iniciais na Rutgers, no Instituto Albert Einstein e na Universidade da Carolina do Norte, Escola de Odontologia Chapel Hill Adams, com a participação de cerca de 260 pessoas infectadas.

“Estamos nos estágios iniciais de nossas pesquisas clínicas, mas nossos resultados preliminares, laboratoriais e clínicos, são muito promissores”, explica Maria Ryan, diretora clínica da Colgate. “Embora a escovação e o enxágue não sejam um tratamento ou uma forma de proteger totalmente um indivíduo da infecção, podem ajudar a reduzir a transmissão e retardar a disseminação do vírus, complementando o benefício que obtemos com o uso de máscaras, distanciamento social e lavagem frequente das mãos”.

“Levando em consideração que a saliva contém quantidades do vírus comparáveis às encontradas no nariz e na garganta, ao parecer o coronavírus originado na boca contribui para a transmissão da doença, especialmente em pessoas assintomáticas que não possuem quadro de tosse. Isso indica que reduzindo o vírus na boca poderia ajudar a prevenir a transmissão durante o tempo em que os produtos de higiene oral estiverem ativos”, diz  David Alland, chefe do Departamento de Doenças Infecciosas e diretor do Centro de Enfrentamento da covid-19 e Prontidão para a Pandemia, que liderou o estudo da Rutgers NJMS.

Simultaneamente ao estudo de laboratório, um estudo clínico patrocinado pela Colgate, envolvendo cerca de 50 pacientes hospitalizados com covid-19, foi conduzido no Instituto Albert Einstein em São Paulo, Brasil, que chegou aos mesmos resultados.

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