Parte da dívida da Oi pode ser convertida em ações
A empresa confirmou que há a possibilidade de conversão da dívida com credores internacionais, de R$ 32,3 bilhões, em ações
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 21h32.
São Paulo - Em resposta a ofício enviado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Oi confirma que há a possibilidade de conversão de parte da dívida com credores internacionais, de R$ 32,3 bilhões, em ações.
Segundo o documento, a Laplace Finanças, assessora financeira da tele, apresentou como um dos cenários, entre outros, a possibilidade de pagamento de 50% dessa dívida em ações.
O questionamento da CVM foi motivado por notícia veiculada pelo jornal O Globo, na edição de quinta-feira, 2, com a afirmação que a Oi teria recusado a proposta do bilionário egípcio Naguib Sawiris.
No ofício, a companhia afirma que não houve decisão sobre qualquer proposta específica, nem a aprovação de modificações no plano de recuperação judicial.
"Como é comum em apresentações que têm por objetivo mostrar diferentes cenários para avaliação, a Laplace Finanças apresentou alternativas sobre potenciais melhorias que poderiam ser negociadas no plano de recuperação judicial, tendo simulado números referentes às dívidas com as diferentes classes de credores da Companhia, comparando com os fluxos de recursos disponíveis no plano de negócios e possíveis impactos na futura estrutura de capital da Oi", diz o documento.
A Oi admite que alguns cenários podem ter origem nestas alternativas apresentadas pela Laplace, como participação de 32% e 60% no capital, prazo de 15 anos para pagamento aos bancos, pagamento de dividendos quando a relação entre dívida líquida e geração de caixa operacional for superior a 1,5 vez, um potencial valor econômico de R$ 28,7 bilhões, além do direcionamento de metade dos recursos de venda de ativos para pagamento de dívidas.
"É relevante reiterar que tais números, constantes de uma apresentação de cenários da Laplace Finanças estritamente preliminar e em desenvolvimento, não são conclusivos em relação aos ajustes que podem vir a ser futuramente propostos ao plano de recuperação judicial", diz a Oi.