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Parmalat;vai atrás de;empréstimos para honrar compromissos

Em meio à crise contábil que envolve a Parmalat, o executivo Enrico Bondi, encarregado de recuperar a empresa depois que o escândalo veio à tona, começa esta semana a se encontrar com banqueiros. A missão de Bondi é arrecadar recursos que viabilizem a continuidade das operações da Parmalat. Segundo informações publicadas pela imprensa internacional, ainda […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Em meio à crise contábil que envolve a Parmalat, o executivo Enrico Bondi, encarregado de recuperar a empresa depois que o escândalo veio à tona, começa esta semana a se encontrar com banqueiros. A missão de Bondi é arrecadar recursos que viabilizem a continuidade das operações da Parmalat.

Segundo informações publicadas pela imprensa internacional, ainda hoje Bondi deve pedir de 50 milhões de euros a 100 milhões de euros às maiores instituições financeiras da Itália para garantir o pagamento de fornecedores e salários de funcionários.

No fim de semana, a polícia financeira italiana, que investiga o escândalo contábil da Parmalat, recebeu dos escritórios em Milão da Deloitte & Touche, principal auditora da Parmalat, vários documentos. Na semana passada foi preso Lorenzo Penza, executivo-chefe da operação italiana da outra auditoria da Parmalat, a Grant Thornton International. A Thornton foi a principal auditora da Parmalat até 1999, quando a lei obrigou a empresa a trocar de empresas. Mesmo assim, continuou responsável pela contabilidade da Bonlat, operação da Parmalat nas Ilhas Cayman envolvida no imbróglio financeiro.

Em Nova York, a polícia americana revistou e recolheu documentos no apartamento de Giampaolo Zini, advogado de Calisto Tanzi, fundador e ex-presidente da Parmalat. Nesta segunda-feira (5/01), os investigadores interrogaram em Parma, Fausto Tonna, ex-diretor financeiro da Parmalat, considerado por muitos o arquiteto da obscura teia financeira criada para desviar dinheiro da empresa.

Para esta terça-feira (6/01) está previsto o interrogatório de Zini. Tonna e Zini, que estruturou a implementação de várias das operações estrangeiras da Parmalat agora investigadas, são tidos até agora como os dois principais articuladores do imbróglio. A idéia dos investigadores italianos é fazer uma acareação entre os dois envolvidos caso as informações colhidas sejam conflitantes.

Ao chegar para depor nesta segunda-feira, Tonna mostrou-se arredio e desejou uma morte lenta e dolorosa aos jornalistas que aguardavam sua chegada. Zini negou ter cometido qualquer ilegalidade.

Os investigadores de Milão pretendem também investigar com mais profundidade os papéis dos bancos Bank of America e Citigroup na complexa rede das subsidiárias estrangeiras da Parmalat. Há um interesse especial dos investigadores para saber como o Bank of America organizou a aquisição de uma participação de 18,18% na operação brasileira da Parmalat em 1999 para dois grupos de investimento, o Food Holdings e o Dairy Holdings.

Para isso, as autoridades italianas contarão com o apoio da SEC, órgão regulador do mercado financeiro americano, que acompanha de perto as investigações na Europa e já estuda a possibilidade de exigir que os bancos americanos sigam nos outros países a mesmas regras que adotam em casa, mais rígidas depois da onda de escândalos contábeis de dois anos atrás.

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