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Pão de Açúcar emprega aprendizes com deficiência intelectual

Projeto é feito em parceria com a Apae. Depois de um ano, eles podem ser efetivados no quadro regular da empresa

Pão de Açúcar: até o fim do ano, serão 140 aprendizes com deficência contratados (Marcos Issa/Bloomberg)

Luísa Melo

Publicado em 24 de novembro de 2014 às 09h01.

São Paulo - Por meio de uma parceria com a Apae de São Paulo, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) está contratando aprendizes com deficiência intelectual na cidade.

O projeto foi iniciado no mês passado e já conta com 12 jovens ativos na função de operadores de supermercado . Até o fim do ano, outros 140 devem ser admitidos pelas bandeiras Extra e Pão de Açúcar.

As vagas podem ser preenchidas por pessoas com deficiência com idade a partir de 14 anos, sem limite etário.

Após um ano como aprendizes, há possibilidade de os jovens serem efetivados no quadro regular de funcionários da empresa. A partir daí, eles serão incluídos na cota exigida por lei, que é de 5% de pessoas com deficiência para companhias com mais de 1.001 empregados, caso do GPA.

Ao todo, os supermercados da rede empregam 72 mil trabalhadores. Segundo a empresa, a parceria não faz parte de nenhum programa de isenção fiscal.

Como funciona

A pré-seleção dos jovens que irão participar do projeto é feita pela Apae, que já desenvolve atividades para prepará-los para o mercado de trabalho. Antes de tudo, a instituição testa as atividades que serão desempenhadas pelas pessas com deficiência para se certificar de que elas podem cumpri-las com segurança.

Depois de definidos os nomes, a associação mapeia as lojas do GPA onde há vagas para aprendizes e checa se essas unidades ficam próximo à residência dos selecionados, para melhor distribuí-los.

Em seguida, os candidatos passam por entrevista de emprego com gestores do GPA. Esse processo é feito em conjunto com as famílias e é acompanhando de perto pela associação.

Uma vez no programa, os jovens terão o trabalho acompanhado pela Apae uma vez por mês. Com a mesma frequência, os aprendizes e suas famílias receberão feedback da empresa sobre seu desempenho e necessidades de desenvolvimento.

Todos ganham

Engana-se quem pensa que a contratação de pessoas com deficiência é apenas um auxílio para a inserção delas no mercado. As empresas também ganham, e muito, com essa iniciativa.

"Em geral, pessoas com deficiência intelectual têm facilidade e prazer em realizar tarefas repetitivas, que são comuns no varejo. A rotatividade desse pessoal não chega a 3% em um ano, o que é um índice muito bom para o setor", diz Elisabete Fonseca, gerente de gestão de talentos do Extra e Pão de Açúcar.

De acordo com ela, dos 12 aprendizes admitidos na primeira turma do programa, "90% já estão adaptados e têm avaliação muito positiva dos gestores e colegas".

Além disso, segundo Elisabete, eles contribuem para melhorar o ambiente onde trabalham. "São pessoas muito afetivas, que geram um clima positivo na loja. Elas também são muito comprometidas, porque estão no seu primeiro emprego", afirma.

Preparação

Antes de implementar o projeto, o GPA convocou os gestores que iriam chefiar aprendizes com deficiência para um treinamento especial. Na ocasião eles aprenderam a melhor forma de receber, integrar e administrar esse pessoal.

"Precisávamos mostrar para os líderes que eles precisam gerir a pessoa com deficiência da mesma forma que eles gerem os demais funcionários, mas que o jeito de comunicar precisa ser diferente", explica Elisabete.

Foi feito também um trabalho de conscientização e acolhida com os trabalhadores da rede. Quinzenalmente, a empresa divulga na intranet e nos seus canais de comunicação corporativa casos de sucesso de pessoas com deficiência que já atuaram em lojas da companhia.

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O projeto foi iniciado no mês passado e já conta com 12 jovens ativos na função de operadores de supermercado . Até o fim do ano, outros 140 devem ser admitidos pelas bandeiras Extra e Pão de Açúcar.

As vagas podem ser preenchidas por pessoas com deficiência com idade a partir de 14 anos, sem limite etário.

Após um ano como aprendizes, há possibilidade de os jovens serem efetivados no quadro regular de funcionários da empresa. A partir daí, eles serão incluídos na cota exigida por lei, que é de 5% de pessoas com deficiência para companhias com mais de 1.001 empregados, caso do GPA.

Ao todo, os supermercados da rede empregam 72 mil trabalhadores. Segundo a empresa, a parceria não faz parte de nenhum programa de isenção fiscal.

Como funciona

A pré-seleção dos jovens que irão participar do projeto é feita pela Apae, que já desenvolve atividades para prepará-los para o mercado de trabalho. Antes de tudo, a instituição testa as atividades que serão desempenhadas pelas pessas com deficiência para se certificar de que elas podem cumpri-las com segurança.

Depois de definidos os nomes, a associação mapeia as lojas do GPA onde há vagas para aprendizes e checa se essas unidades ficam próximo à residência dos selecionados, para melhor distribuí-los.

Em seguida, os candidatos passam por entrevista de emprego com gestores do GPA. Esse processo é feito em conjunto com as famílias e é acompanhando de perto pela associação.

Uma vez no programa, os jovens terão o trabalho acompanhado pela Apae uma vez por mês. Com a mesma frequência, os aprendizes e suas famílias receberão feedback da empresa sobre seu desempenho e necessidades de desenvolvimento.

Todos ganham

Engana-se quem pensa que a contratação de pessoas com deficiência é apenas um auxílio para a inserção delas no mercado. As empresas também ganham, e muito, com essa iniciativa.

"Em geral, pessoas com deficiência intelectual têm facilidade e prazer em realizar tarefas repetitivas, que são comuns no varejo. A rotatividade desse pessoal não chega a 3% em um ano, o que é um índice muito bom para o setor", diz Elisabete Fonseca, gerente de gestão de talentos do Extra e Pão de Açúcar.

De acordo com ela, dos 12 aprendizes admitidos na primeira turma do programa, "90% já estão adaptados e têm avaliação muito positiva dos gestores e colegas".

Além disso, segundo Elisabete, eles contribuem para melhorar o ambiente onde trabalham. "São pessoas muito afetivas, que geram um clima positivo na loja. Elas também são muito comprometidas, porque estão no seu primeiro emprego", afirma.

Preparação

Antes de implementar o projeto, o GPA convocou os gestores que iriam chefiar aprendizes com deficiência para um treinamento especial. Na ocasião eles aprenderam a melhor forma de receber, integrar e administrar esse pessoal.

"Precisávamos mostrar para os líderes que eles precisam gerir a pessoa com deficiência da mesma forma que eles gerem os demais funcionários, mas que o jeito de comunicar precisa ser diferente", explica Elisabete.

Foi feito também um trabalho de conscientização e acolhida com os trabalhadores da rede. Quinzenalmente, a empresa divulga na intranet e nos seus canais de comunicação corporativa casos de sucesso de pessoas com deficiência que já atuaram em lojas da companhia.

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