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Panasonic aceita ajudar Tesla a construir mega fábrica

A Panasonic construirá células cilíndricas de íon-lítio e fornecerá equipamentos, máquinas e outras ferramentas para uma futura enorme fábrica de bateria


	Estação de recarga da Tesla Motors: o empreendimento poderia custar até US$ 5 bilhões até 2020
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Estação de recarga da Tesla Motors: o empreendimento poderia custar até US$ 5 bilhões até 2020 (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 14h51.

Los Angeles e Tóquio - A Panasonic Corp. chegou a um acordo para ajudar a construir a fábrica de baterias que o presidente da Tesla Motors Inc., Elon Musk, precisa para vender mais carros elétricos, sem determinar sua participação nos custos de investimentos.

A Panasonic construirá células cilíndricas de íon-lítio e fornecerá equipamentos, máquinas e outras ferramentas para a “gigafábrica” de Musk, disse hoje a empresa com sede em Osaka, Japão, em um comunicado conjunto com a Tesla.

As empresas disseram que ainda estão discutindo os detalhes, incluindo a contribuição financeira da Panasonic para as instalações, que segundo estimações da Tesla poderia custar até US$ 5 bilhões até 2020.

“Chegaremos a um plano lucrativo”, disse o diretor financeiro da Panasonic, Hideaki Kawai, em uma conferência de imprensa em Tóquio. “Faremos investimentos passo a passo para satisfazer as necessidades de crescimento gradual”.

Tesla cortejou a Panasonic para que investisse na fábrica onde Musk pretende produzir baterias mais baratas e ajudar a fazer com que a empresa passe de vendedora de sedãs Model S de US$ 71.000 a fabricante de veículos para o mercado de massa capaz de produzir 500.000 unidades por ano.

Em maio, a Panasonic, dona de 1,1 por cento da Tesla, assinou um acordo preliminar para participar do projeto após expressar receios em relação ao nível de risco do investimento.

‘Risco significativo’

A Panasonic consolida sua participação no projeto depois que a Tesla arrecadou cerca de US$ 2,3 bilhões em março para ajudar a financiá-lo. Musk enfrenta ceticismo no seu esforço de construir uma fábrica com escala suficiente para reduzir os custos das baterias em cerca de 30 por cento.

Em maio, a Standard Poor’s puniu a Tesla com uma nota de crédito junk e mencionou um “risco significativo” nos planos da sua gigafábrica.

“Se os veículos elétricos da Tesla não forem vendidos de acordo com as expectativas da empresa, talvez a Panasonic não consiga recuperar seu investimento”, escreveu Masahiro Wakasugi, analista do BNP Paribas em Tóquio, em um relatório de 10 de julho. “O impacto negativo, caso o plano não tenha sucesso, seria considerável”.

Baterias mais baratas serão essenciais para a Tesla lançar modelos mais acessíveis, começando pelo sedã Model 3 que sairá em 2017. A Tesla pretende vender o carro a um preço base de cerca de metade do custo do seu Model S nos EUA.

Armazenamento de energia

Musk, que também dirige a fabricante de foguetes Space Exploration Technologies Corp. e a SolarCity Corp., pretende fabricar baterias estacionárias para armazenar energia em casas e prédios com painéis solares da fábrica.

“A gigafábrica não só dá a capacidade necessária para o Model 3, como também marca o caminho para uma forte redução no custo do armazenamento de energia em uma grande variedade de aplicativos”, disse JB Straubel, um dos fundadores e diretor técnico da Tesla, no comunicado.

A Tesla está estudando potenciais locais para a gigafábrica no Arizona, na Califórnia, em Nevada, no Novo México e no Texas, e em princípio poderia selecionar três para trabalhos preparativos.

A companhia escolherá o local definitivo no fim deste ano, disse Musk durante uma reunião anual de acionistas em junho.

Simon Sproule, porta-voz da Tesla, não quis dizer se a fabricante de veículos dará o nome dos locais iniciais da fábrica hoje quando os resultados do segundo trimestre forem divulgados.

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