Rio de Janeiro - A OSX, empresa de construção naval e prestadora de serviços para o setor de petróleo e gás, propôs pagar os credores listados no seu processo de recuperação judicial ao longo de 25 anos, incluindo um período de carência de três anos.
A informação consta do plano de recuperação apresentado à Terceira Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, que envolve a OSX Brasil e suas subsidiárias OSX Construção Naval S.A. e OSX Serviços Operacionais Ltda.
A dívida total consolidada da OSX Brasil, do grupo do empresário Eike Batista, é de 2,6 bilhões de dólares, incluindo os valores devidos pela subsidiária OSX Leasing, que não faz parte do plano.
"O alongamento da dívida se justifica para adequá-la ao redimensionamento do Plano de Negócios da OSX", disse a empresa em nota.
A companhia entrou em processo de recuperação judicial após a derrocada de sua empresa irmã, do setor de petróleo, a OGX (hoje denominada Óleo e Gás Participações), que falhou em cumprir projeções de produção, afungentando investidores.
Apesar do alongamento da dívida, a OSX disse que conseguirá pagar uma parte considerável dos credores em até um ano.
"O plano prevê que todos os credores da OSX Brasil receberão a quantia de 25 mil reais no prazo de um ano. Esse pagamento cobrirá a totalidade das dívidas da OSX Brasil com cerca de 50 por cento de seus credores", disse.
O mesmo se dará com aproximadamente a mesma proporção dos credores da OSX Construção Naval, que receberão 80 mil reais, segundo a nota.
No caso da OSX Serviços Operacionais, todas as dívidas com os credores serão quitadas em um ano, afirmou, ressaltando que as companhias não têm dívidas trabalhistas.
A empresa também disse que pode buscar novos financiamentos, além de reestruturação societária.
A companhia afirmou ainda que, na OSX Construção Naval, o foco é a criação de parcerias com empresas da indústria de óleo e gás interessadas em se instalar na Unidade de Construção Naval (UCN) Açu, "aproveitando seu grande potencial e condições atraentes de financiamento".
De acordo com a OSX, "o objetivo é desenvolver as atividades do estaleiro e, com isso, gerar caixa para cumprir com as obrigações da companhia".
Texto atualizado com mais informações às 20h23min do mesmo dia.
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1. Acerto de contas
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1/11 (Fred Prouser / Reuters)
São Paulo – O empresário
Eike Batista, que já foi o sétimo homem mais rico do mundo pela Forbes, se desfaz hoje de uma série de ativos com o objetivo de acertar as contas com os credores ou, pelo menos, economizar um pouco. O mais recente deles foi o Hotel Glória,
vendido pra o grupo suíço Acron, e parte da
CCX para a turca Yildirim. A seguir, relembre quais negócios tiveram que ser passados para frente por ele desde a decadência de seu império X no ano passado. * Atualizado às 9h, do dia 4/02
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2. CCX
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2/11 (Divulgação)
Na segunda-feira, 03 de fevereiro, Eike assinou um acordo para vender ativos da empresa de carvão CCX na Colômbia para a turca Yildirim por 125 milhões de dólares. O valor é 72% abaixo do previsto em um memorando assinado entre as duas companhias no final de outubro, de 450 milhões de dólares.
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3. OGX (agora OGP)
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3/11 (Divulgação)
A Óleo e Gás Participações, ex-
OGX, está atualmente tendo suas documentações analisadas pela agência reguladora do setor de petróleo. O objetivo é saber se a companhia tem capacidade financeira para manter blocos exploratórios sob concessão. Rebatizada de OGP, a petroleira entrou em recuperação judicial em 30 de outubro, com dívidas de quase 14 bilhões de reais – trata-se do maior processo de recuperação judicial já feito na América Latina.
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4. MMX
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4/11 (Rich Press/Bloomberg)
A companhia holandesa Trafigura é o novo dono do principal ativo da mineradora MMX desde setembro, quando pagou 400 milhões de dólares por 65% do Porto Sudeste, em Itaguaí, no Rio de Janeiro. A companhia já vendeu ativos no Chile para a chilena Cooper Mining e ainda colocou outros em seus classificados, segundo informações divulgadas pelo mercado – o sistema Serra Azul, em Minas Gerais, é um dos que estaria à venda.
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5. LLX (agora Prumo)
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5/11 (Divulgação)
Desde outubro, a empresa de logística de Eike mudou de comando e, pouco tempo depois, também de nome. A companhia, cujo principal ativo é o Porto de Açú, no Rio de Janeiro, foi vendida para o grupo EIG, que irá injetar 1,3 bilhão de reais na reestruturação da empresa, agora rebatizada de Prumo. Com a venda, o empresário viu sua fatia cair de estimados 53% para 21%.
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6. OSX
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6/11 (Divulgação)
Uma das empresas mais dependentes da petroleira OGX, a OSX teve uma série de pedidos de plataforma de construção naval cancelados pela petroleira do mesmo grupo, motivo pelo qual passou a atrasar o pagamento de fornecedores. O BTG
estaria negociando a venda do estaleiro desde julho, inclusive com conversas com Jurong e a Fels, ambos de Cingapura, e a Odebrecht, mas nada foi fechado por enquanto. A empresa segue em recuperação judicial, com uma dívida bilionária.
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7. Pink Fleet
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7/11 (Divulgação)
O luxuoso iate do empresário, o Pink Fleet, era usado para eventos corporativos e passeios turísticos na Baía de Guanabara até ter de entrar no acerto de contas de Eike com os credores. Porém, a venda não gerou interesse e passou-se a cogitar então a doação do iate para a Marinha – que também rejeitou a oferta. No fim das contas, Pink Fleet deve virar sucata – ao menos para reduzir os custos elevados de mantê-lo funcionando.
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8. Rock in Rio
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8/11 (Buda Mendes/Getty Images)
Roberto Medina já afirmou em alto e bom que não quer mais Eike como sócio no festival Rock in Rio e até já já contratou o BTG Pactual para tocar a negociação. O que o empresário não sabia, no entanto, era que Eike teria oferecido sua fatia de 50% no festival ao fundo Mubadala como garantia de empréstimos,
de acordo com a coluna Radar, de Veja.
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9. Marina da Glória
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9/11 (GettyImages)
No início de março, a MGX Empreendimentos Imobiliários e Serviços Náuticos, do empresário, já havia anunciado que a Marina da Glória, no Rio de Janeiro, passaria por uma reformulação e seria liderada por uma nova equipe. Meses depois, no final de setembro, o controle do negócio já tinha mudado de mãos. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a venda do controle para uma holding do setor, a BRM Holding de Investimento Glória.
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10. Jato
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10/11 (Divulgação/Gulfstream)
Ainda em janeiro, o empresário
teria vendido seu jato Gulfstream 550 a um milionário chinês por 41 milhões de dólares. Vale lembrar que ex-homem mais rico do Brasil chegou a ter uma frota de seis jatos e helicópteros. Agora, só sobrou o helicóptero Agusta Grand, também à venda.
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11. Agora, veja os 10 bilionários que mais perderam dinheiro em 2013
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11/11 (Flickr)