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Osório Furlan, um dos pioneiros da Sadia, morre aos 97 anos

Furlan deixou a Sadia em 2007, quando era vice-presidente do conselho; dois anos depois, a companhia iniciou a fusão com a Perdigão, que deu origem à BRF

BRF: Osório Furlan começou a trabalhar com o sogro em 1944, na recém-inaugurada empresa Sadia (Victor Moriyama/Bloomberg)

BRF: Osório Furlan começou a trabalhar com o sogro em 1944, na recém-inaugurada empresa Sadia (Victor Moriyama/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de junho de 2020 às 09h14.

Última atualização em 29 de junho de 2020 às 09h16.

O empresário Osório Furlan, pai do ex-ministro Luiz Fernando Furlan, morreu neste domingo, 28, em São Paulo, aos 97 anos. Nascido em Caxias do Sul (RS), em 31 de julho de 1922, ele foi um dos pioneiros da empresa de alimentos Sadia.

Neto de imigrantes italianos, Furlan se tornou arrimo de família devido a uma doença do pai. Em 1944, já casado com Lucy Fontana Furlan, mudou-se para Concórdia (RS) para trabalhar com o sogro Attilio Fontana, na recém-inaugurada empresa Sadia, onde desempenhou múltiplas atividades e, aos 23 anos, assumiu a função de diretor-gerente. No início da década de 60, o empresário se afastou do dia a dia das fábrica e mudou-se para São Paulo para se concentrar nas atividades de expansão do grupo no Brasil e no exterior.

Sempre em busca de conhecimentos, aos 47 anos, ele decidiu estudar direito junto com o filho Osório Henrique Furlan Júnior e se tornou bacharel aos 50 anos de idade.

Furlan era um leitor ávido, um hábito que cultivava desde criança por influência da mãe, Jacomina, também sua primeira professora. Do pai, Gotardo, herdou o espírito empreendedor, sua marca na trajetória de empresário. Com orgulho, Osório repetia que era conselheiro informal dos filhos, dos netos e esperava ser também dos 18 bisnetos.

Furlan deixou a empresa em 2007, quando era vice-presidente do Conselho de Administração da Sadia. Dois anos depois, a companhia iniciou a operação de fusão com a Perdigão, que deu origem à BRF, uma das maiores empresas de alimentos do mundo.

O empresário foi sepultado neste domingo no Cemitério Morumbi, na capital paulista. Ele deixa a esposa Lucy, com quem foi casado por 76 anos, cinco filhos, Júnior, Luiz, Diva, Lucila e Leila, 11 netos e 18 bisnetos.

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