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Os planos, fáceis ou não, de 20 empresas do Brasil para 2013

De demissões e freada no ritmo, a investimentos bilionários, veja o que algumas das maiores empresas do país reservam para este ano

OGX: atenção em outros campos (Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2013 às 11h42.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h39.

Depois de iniciar a produção de petróleo no campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos - e amargar volumes menores que os inicialmente esperados -, a OGX volta os olhos para o campo de Tubarão Martelo em 2013, com a perfuração e instalação de seis poços produtores. Em janeiro deste ano, a companhia também iniciou a produção comercial de gás no campo de Gavião Real, na Bacia do Parnaíba. Para tocar as investidas adiante, no entanto, a OGX talvez exerça uma opção de venda de 1 bilhão de dólares concedida pelo controlador Eike Batista. Isso porque a companhia prevê investimentos de 1,3 bilhão de dólares em 2013, tendo começado o ano com 1,7 bilhão de dólares em caixa - uma posição apertada, na visão de muitos analistas de mercado.
  • 2. Santander: menos agências e mais eficiência

    2 /21(Divulgação)

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    O banco espanhol irá colocar o pé no freio no que diz respeito à abertura de agências no Brasil. Segundo o presidente do Santander no país, Marcial Portela, o número de novas unidades será menor que o observado em 2012, quando foram inaugurados 52 novos endereços do Santander. "2013 será um ano de aproximadamente metade das agências abertas, alguma coisa como 25, 30 ou 35 agências novas", detalhou. O foco do banco, reforçou o executivo, será na expansão dos quase 300 estabelecimentos que foram abertos nos últimos três anos, com revisão dos modelos de eficiência. A instituição, que demitiu mais de 1.000 funcionários no fim de 2012, esclareceu que deve terminar 2013 com o mesmo número de colaboradores com que começou o ano.
  • 3. Petrobras: produção morna

    3 /21(Germano Lüders/EXAME.com)

  • Depois de investir 84 bilhões de reais em 2012, a Petrobras espera elevar a cifra para 97,6 bilhões de reais este ano. Ao mesmo tempo, a gigante de petróleo supervisionará a construção de duas refinarias e seu plano de vender ativos no exterior para engordar o caixa. Em relação à produção média diária, o número permanecerá em linha com o perseguido no ano anterior: 2 milhões de barris, com margem de erro de 2% para cima ou para baixo. A meta foi estipulada no último plano de negócios da companhia, no comando da atual presidente Graça Foster. Batendo na tecla de maior “realismo”, Graça decidiu abandonar o otimismo róseo que acompanhava as declarações oficiais da companhia em gestões anteriores. Em entrevista recente, a executiva afirmou que os resultados da Petrobras na bolsa devem melhorar à medida que a produção também aumentar. Mas a perspectiva, como se vê, não é de curto prazo.
  • 4. Itaú: crédito como bastião do crescimento

    4 /21(Thomas Locke Hobbs/CREATIVE COMMONS)

    O Itaú continua de olho na expansão do crédito - e está mais otimista em relação à capacidade do brasileiro de honrar seus compromissos. Para 2013, o maior banco privado do país espera que sua carteira de crédito total aumente de 11% a 14%. A instituição quer atingir igual crescimento na receita com prestação de serviços e resultado com seguros, previdência e capitalização. E se em 2012 o banco viu as despesas com inadimplentes subir 18,7% - atingindo 23,6 bilhões -, para 2013 os horizontes são outros: a expectativa é que os gastos com as chamadas provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) diminuam e encerrem o ano na casa de até 22 bilhões reais.
  • 5. Natura: lojas próprias para vender mais

    5 /21(Divulgação)

    A Natura quer escoar seus produtos por outras vias que não a venda direta. O primeiro passo foi dado em 2012, quando a companhia abriu uma loja conceito na Oscar Freire, na capital paulista. De agora em diante, a empresa considera inaugurar até 30 lojas físicas em diferentes cidades do país. A venda online também estará no radar. Cerca de 6.000 revendedoras já estão auxiliando a empresa a construir uma plataforma na web, dentro da qual cada uma delas terá um site personalizado.
  • 6. Oi: melhorias na rede e varejo

    6 /21(Divulgação)

    A operadora anunciou a intenção de investir seis bilhões de reais em 2013, um valor que equivale a pouco mais de 20% da receita líquida da companhia esperada para o ano. A maior parte desse montante deverá ser destinada a melhorias na capilaridade da rede e aumento de capacidade. Em outro front, a Oi quer manter a aposta na ampliação das lojas próprias, que triplicaram de 2011 para 2012. A companhia encerrou 2012 com 187 unidades abertas, além de 200 novos pontos comerciais no país.
  • 7. Pão de Açúcar: até 2 bilhões para expansão orgânica

    7 /21(Germano Lüders/EXAME.com)

    A varejista já colocou no papel o que deve discutir na próxima assembleia, marcada para o dia 17 de abril. E o dinheiro investido este ano entrou no pacote. Os planos são de investir até 2 bilhões de reais em 2013, dinheiro que deverá ser gasto na abertura de novas lojas, aquisição de terreno e conversão de estabelecimentos, além de empregado em reformas, infraestrutura em tecnologia da informação e logística. No ano passado, o Pão de Açúcar investiu 1,57 bilhão de reais de um total de 1,8 bilhão de reais aventados inicialmente.
  • 8. Banco do Brasil: presença no crédito imobiliário

    8 /21(Ben Tavener/Creative Commons)

    Para 2013, o Banco do Brasil quer ser o vice-campeão em um segmento historicamente liderado pela Caixa - o de financiamentos imobiliários. Ocupando a quinta colocação do ranking, com um saldo de 12,87 bilhões de reais na carteira de crédito imobiliário geral em 2012, o banco tem planos ambiciosos para galgar degraus. A ideia é mais do que dobrar o volume da carteira no ano, de modo a fazê-la chegar aos 27 bilhões de reais.
  • 9. Hering: mais lojas - e lifting nas antigas

    9 /21(Divulgação)

    A varejista que fez escola na estratégia de abrir pontos de venda para vitaminar o negócio continua de olho na produtividade das lojas. Em janeiro, a empresa atualizou o seu estudo de potencial de expansão da rede Hering Store no país para até 796 estabelecimentos. A intenção, neste ano, é inaugurar 107 novas lojas, sendo 77 no formato Hering Store e 30 no formato Hering Kids. Além de vender um número maior de peças, a companhia quer elevar o ticket médio com a comercialização de itens mais caros dentro das suas lojas. A mudança no projeto arquitetônico de alguns pontos de venda também está nos planos.
  • 10. Ambev: foco na Budweiser e mercado premium

    10 /21(Divulgação)

    A Budweiser chegou ao país há menos de três anos, mas já virou uma espécie de menina dos olhos para a Ambev devido a sua rápida conquista de mercado. Não por acaso, a companhia de bebidas planeja dobrar a produção da marca de cerveja, que é considerada premium no país. Para isso, utilizará parte dos 3 bilhões de reais previstos no plano de investimentos de 2013. Segundo Nelson Jamel, vice-presidente de finanças da companhia, a companhia quer que que os rótulos premium, que também contam com marcas como Bohemia e Antarctica Original, representem 8% do volume vendido até 2014. Hoje, esse percentual gira entre 5% e 6%.
  • 11. Lojas Renner: Blue Stell independente

    11 /21(Daniela Toviansky/EXAME.com)

    A Blue Steel, marca de roupas voltada para o público jovem, deve ganhar novos endereços. Prestes a ser rebatizada como Youcom – o que ocorrerá em junho deste ano -, a etiqueta jovem da Renner é a aposta da companhia para ganhar espaço entre os consumidores dessa faixa etária. Hoje, a empresa conta com quatro lojas próprias da marca. A expectativa é abrir outras seis em shoppings da capital paulista, orquestrando, até 2014, um investimento de 450 milhões de reais para promover mais inaugurações. Em 2021, a Renner espera contar com 400 unidades da Youcom voltadas para o público jovem. No futuro, inclusive, a ideia é analisar a possibilidade de utilizar o formato de franquia, além das lojas próprias, para sustentar o crescimento da rede.
  • 12. Vale: menos dinheiro para mais retorno

    12 /21(Agência Vale)

    Depois de gastar 18 bilhões de dólares em 2011 e 17,5 bilhões de dólares em 2012, a Vale deixou mais modesto seu orçamento para investimentos e pesquisa e desenvolvimento: serão 16,3 bilhões de dólares em 2013, sendo 10,1 bilhões voltados para a execução de projetos. A companhia afirmou que as perspectivas de uma expansão moderada de demanda global por minérios e metais no médio prazo tornaram a disciplina para mexer com dinheiro mais rígida. Na prática, a empresa está tocando menos projetos, reforçando que os escolhidos têm taxas de retorno mais altas. Dentre as principais iniciativas para 2013, se destacam a expansão das operações integradas de minério de ferro de alta qualidade em Carajás e o aumento da capacidade dos Sistemas Sul e Sudeste.
  • 13. BRF: novo conselho, investimento em igual patamar

    13 /21(Germano Lüders/EXAME.com)

    Com Abilio Diniz à frente do seu conselho de administração, a BRF planeja azeitar suas operações depois de terminados todos os trâmites advindos da fusão entre Perdigão e Sadia (o processo foi encerrado no ano passado). O plano de investimentos continuará praticamente o mesmo. Para 2013, a companhia prevê desembolsar até 2 bilhões de reais, ante 1,9 bilhão aplicados em 2012. Segundo a BRF, os preços dos grãos deverão dar uma trégua, ajudando a diminuir custos operacionais da maior produtora de carnes de frango e de porco do país.
  • 14. Cyrela: expectativas sem números

    14 /21(Fernando Vivas/Exame.com)

    Com foco na rentabilidade, a Cyrela quer aumentar o número de lançamentos no ano, ressalvando, por outro lado, que o patamar de 2011 não deverá ser retomado. No ano passado, a companhia chegou a reduzir duas vezes a previsão estabelecida para as vendas contratadas, que encerraram o ano em 6 bilhões de reais. Agora, a empresa prefere não cravar estimativas, não especificando vendas ou lançamentos para 2013 apesar de manter um tom positivo no discurso. De acordo com José Florência Rodrigues, vice-presidente financeiro da construtora e incorporadora, a empresa pode "lançar um pouco mais que o mercado, que vai crescer como um todo".
  • 15. Hypermarcas: ebtida 10% mais alto

    15 /21(Divulgação)

    A Hypermarcas já reconheceu que, no primeiro trimestre do ano, as vendas foram mais fracas que o esperado. Ainda assim, a meta anual para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (ebitda) permanece a mesma: 950 milhões de reais em 2013, alta de 10% sobre o resultado atingido em 2012. No ano passado, a empresa revendeu parte de suas operações para gerar caixa depois de fechar mais de 20 aquisições de compra desde 2008. As transações acabaram elevando o endividamento da companhia e pesaram sobre os seus ganhos, fazendo a Hypermarcas optar pela reestruturação do negócio.
  • 16. Magazine Luiza: faturamento generoso

    16 /21(Fabiano Accorsi/EXAME.com)

    Em 2013, o Magazine Luiza quer romper uma barreira inédita: a dos dois dígitos na receita anual. No ano passado, a empresa faturou 7,7 bilhões de reais. Outro objetivo traçado para o ano tem a ver com o foco em rentabilidade e ganho de margens, apostando, para isso, na redução de despesas. Depois de acrescentar, nos últimos anos, empresas como a rede Nordeste e as lojas do Baú da Felicidade no seu portfólio, o Magazine Luiza não deve lançar mão de outras aquisições para crescer - pelo menos não em 2013. Neste ano, segundo cronograma da companhia, a rede deve ganhar de 20 a 25 novas lojas, todas de bandeira própria.
  • 17. Embraer: defesa continua entre prioridades

    17 /21(Divulgação)

    Maior fabricante mundial de jatos regionais, a Embraer mantém sua aposta em vendas para o setor de defesa. A receita da empresa nesse segmento mais do que dobrou de 2005 a 2012. No mesmo período, as vendas da Embraer subiram 34%. O presidente da companhia, Frederico Curado, estabeleceu como meta no ano passado que a empresa obtivesse até 25% da receita com a área de defesa em um período de cinco anos. Se atingido, o feito representará um aumento de 100% sobre a representatividade alcançada pelo segmento no balanço de 2010. Para 2013, portanto, o plano continua a todo vapor.
  • 18. PDG: ano de faxina

    18 /21(EDUARDO MONTEIRO)

    A PDG Realty irá encarar 2013 como mais um ano de transição. Segundo plano de negócios apresentado este ano, a companhia deverá alcançar lançamentos anuais entre 5 e 6 bilhões de reais a partir de 2015. Até lá, a ordem será de arrumar a casa, com o resgate da rentabilidade. Nesse ínterim, serão estabelecidas estimativas para lançamentos. A expectativa da PDG é que eles melhorem conforme também evoluir a capacidade operacional da companhia. De concreto, há a previsão de entregas: de 32.000 a 36.000 unidades deverão entrar nessa conta em 2013.
  • 19. JBS: mercado mais aquecido nos EUA

    19 /21(Divulgação/Divulgação)

    A JBS vê 2013 como um ano de melhoria para a exportação de carne bovina e de frango nos Estados Unidos. Em 2012, o aumento no custo dos grãos e a baixa disponibilidade de animais para o abate pressionaram os resultados na divisão americana. Um dos favores que deverá contar a favor da virada será a redução de restrições de importação por parte do Japão, um mercado que tem a tradição de remunerar bem. Principal unidade de carne bovina para a companhia em termos de faturamento, a JBS USA conseguiu elevar a receita em 6,2% no ano passado, mas amargou uma queda na margem ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 1,3%, contra 4,5% do final de 2011.
  • 20. Eletrobras: investimentos e demissões voluntárias

    20 /21(Divulgação)

    Com planos de captar 4,9 bilhões de reais com bancos estatais ainda no primeiro semestre, a Eletrobras tem uma robusta estratégia de investimento. Serão 52 bilhões de reais entre 2013 e 2017, sendo 32,1 bilhões já contratados com as obras em curso. Para este ano, a empresa também deve lançar um Programa de Incentivo ao Desligamento (PID), cuja preparação deve ser concluída ainda este mês. A expectativa é que 4.000 a 5.000 funcionários da companhia façam adesão ao PID, de um total de 27.000 colaboradores. Com isso, a Eletrobras espera reduzir as despesas com folha de pagamento em até 30%.
  • 21. Martelo batido: Abilio Diniz é o novo presidente do conselho da BRF

    21 /21(Exame)

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