Os planos da Cimed com a chegada do fundo soberano de Singapura como sócio
A Cimed anuncia parceria com o fundo soberano GIC, de Singapura, para acelerar seu crescimento, com foco na expansão da produção, novos centros logísticos e uma estratégia agressiva para dobrar de tamanho até 2030


Repórter de Negócios
Publicado em 17 de março de 2025 às 13h33.
Última atualização em 17 de março de 2025 às 18h05.
A farmacêutica Cimed anunciou nesta segunda-feira, 17, a entrada do fundo soberano de Singapura GIC como novo sócio minoritário. A transação, cujo valor não foi divulgado, visa fortalecer a companhia em sua jornada de crescimento. A família Marques, fundadora da Cimed, segue no controle total da empresa.
O GIC tem um portfólio global estimado em US$ 769 bilhões. A companhia abriu um escritório por aqui em 2014 e tem participações em empresas de diversos setores. Entre elas, Nubank, Rede D'or, QI Tech e Eletrobras.
A assessoria jurídica nesse processo ficou a cargo dos escritórios J.P. Morgan e Spinelli Advogados.
O plano de crescimento da Cimed
A Cimed está com grandes planos para o futuro. A farmacêutica almeja dobrar de tamanho até 2030 , e para isso, além da entrada do GIC, a empresa já iniciou uma emissão de debêntures e traçou um plano agressivo de expansão.
No ano passado, a farmacêutica realizou sua terceira emissão de debêntures, captando 600 milhões de reais. A estratégia de expansão inclui o lançamento de novos produtos, fortalecimento de suas “supermarcas” e um aumento significativo na capacidade produtiva.
Marcas como Lavitan, Carmed, Melimetric e João e Maria devem responder por 4,5 bilhões de reais do faturamento projetado. As divisões de medicamentos genéricos e marcas funcionais também terão papéis importantes, com uma projeção de faturamento de 2,6 bilhões e 2,9 bilhões de reais, respectivamente.
Um dos principais desafios enfrentados pela Cimed é sua capacidade produtiva. Segundo João Adibe, no ano passado a companhia deixou de faturar 500 milhões de reais por não conseguir atender a toda a demanda .
Para contornar essa questão, a farmacêutica anunciou a expansão de sua unidade em Minas Gerais, que dobrará sua capacidade, além da construção de uma nova fábrica no Nordeste até 2026, focada em produtos de higiene e beleza. A expectativa é atingir a marca de 1 bilhão de unidades produzidas por ano até 2030.
Investimentos em logística
Além do foco em produção, a Cimed também está investindo forte em infraestrutura logística para sustentar seu crescimento. A empresa identificou gargalos na distribuição e planeja investir 1,4 bilhão de reais nos próximos cinco anos para otimizar seus processos de entrega.A maior aposta está na expansão do centro logístico em Minas Gerais, que terá 40.000 metros quadrados e capacidade para armazenar mais de 40.000 posições de pallets. Além disso, a Cimed está construindo quatro novos centros de distribuição, sendo que o primeiro, em Brasília, já está quase pronto.
Outros centros serão inaugurados no interior de São Paulo e em mais duas localidades estratégicas ainda não divulgadas. Segundo João Adibe, essa ampliação será crucial para manter a eficiência operacional da empresa e garantir que ela suporte o crescimento acelerado dos próximos anos.
Com essas movimentações, a Cimed reforça sua estratégia de se consolidar como um dos principais players no mercado de saúde e bem-estar do Brasil, apostando em inovação, capacidade produtiva e um robusto sistema logístico para enfrentar os desafios do futuro.
As maiores indústrias farmacêuticas do Brasil

2 /8Cimed: a farmacêutica é a segunda maior em unidades(Cimed: a farmacêutica é a segunda maior em unidades)

3 /8Em número de unidades vendidas, a farmacêutica EMS aparace em terceiro lugar(Em número de unidades vendidas, a farmacêutica EMS aparace em terceiro lugar)

4 /8A Eurofarma aparece em 4º lugar no ranking por caixinhas vendidas em 2023(A Eurofarma aparece em 4º lugar no ranking por caixinhas vendidas em 2023)
+ 4