Os bastidores da produção da Paçoquita Cremosa
A fabricante Santa Helena abriu as portas de suas fábricas para mostrar como é feita a pasta de amendoim que virou febre de consumo desde seu lançamento
Tatiana Vaz
Publicado em 23 de setembro de 2014 às 09h34.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h02.
São Paulo – Quando a Santa Helena, criadora e fabricante da Paçoquita, anunciou a criação de uma versão cremosa de seu carro-chefe, o desejo de comprar o produto acabou sendo maior que a expectativa de vendas da própria empresa. Especializada em guloseimas de amendoim, a empresa nasceu em 1942 e, além da Paçoquita, produz também o amendoim japonês Mendorato e o crocante Crokíssimo. A seguir, confira como se faz a Paçoquita tradicional e a tal Paçoquita Cremosa, que virou febre entre os aficionados por doces.
Tanto a produção da Paçoquita quanto da Paçoquita Cremosa começam com os critérios de seleção da matéria-prima, o amendoim. Os melhores grãos são selecionados do campo e vão para a unidade de beneficiamento da empresa, localizada em Dumont, interior paulista.
Para garantir a qualidade dos grãos, testes e mais testes são feitos. Por meio deles os amendoins são classificados, descascados e finalmente preparados para serem usados na fabricação do produto. A Santa Helena emprega mais de 1.500 pessoas em suas duas fábricas no interior paulista, uma de beneficiamento do amendoim e outra de fabricação de guloseimas.
Depois de todo esse trabalho, os amendoins são separados e estocados em lotes. Dali eles são enviados para a fábrica da Santa Helena em Ribeirão Preto, também no interior de São Paulo. Todos os dias, mais de um milhão de Paçoquitas saem dessa unidade direto para os supermercados e distribuidores.
Depois de torrado é que o amendoim ganha a forma e o sabor característico dos produtos.
No moinho, ele é misturado a açúcar e sal, entre outros ingredientes que a empresa não revela, e ganha a textura e aparência de uma farofa.
Aquela mistura doce segue agora para uma máquina especial, que irá prensar cuidadosamente o produto frágil para que ele ganhe a forma de Paçoquita.
Já no formato certo, os produtos seguem por uma esteira para serem embalados, um a um, em alta velocidade por um dos equipamentos da fábrica. Todos os dias, mais de um milhão de Paçoquitas saem dessa unidade direto para os supermercados e distribuidores do produto.
Para a produção de Paçoquita Cremosa, o processo começa da mesma maneira, até a parte da torra.Enquanto ela acontece, os potes dos produtos são preparados para o envase.
O amendoim torrado segue para um moinho onde ele é misturado com a Paçoquita e outros ingredientes (não revelados).
Com a consistência e temperatura ideal, a Paçoquita Cremosa começa a ser envasada individualmente para seguirem para o processo final.
Desde que foi lançada, em 1º de julho, a Paçoquita Cremosa causou uma corrida desenfreada até os supermercados – e deixou muitos de mãos abanando. Isso porque, apesar da distribuição ser feita para todo o país, alguns grandes supermercados ainda não conseguiram autorização para a venda – o que tem dificultado a compra do produto, a ponto do Google Maps ter de ajudar na “caça ao tesouro”.
Tapados e rotulados de forma automática, os potes da Paçoquita Cremosa estão prontos para serem colocados na caixa transporte.