Oi vê telefonia brasileira consolidada com três grupos
Rio de Janeiro - O presidente da Oi, Eduardo Falco, acredita que o mercado brasileiro de telecomunicações está consolidado após os últimos movimentos promovidos por Telefónica e América Móvil, que se seguiram à compra da Brasil Telecom pela Oi. Em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira, o executivo comentou que a TIM acabou ficando em uma […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
Rio de Janeiro - O presidente da Oi, Eduardo Falco, acredita que o mercado brasileiro de telecomunicações está consolidado após os últimos movimentos promovidos por Telefónica e América Móvil, que se seguiram à compra da Brasil Telecom pela Oi.
Em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira, o executivo comentou que a TIM acabou ficando em uma posição isolada no país e que não aposta em uma eventual associação da companhia controlada pela Telecom Italia com a britânica Vodafone.
"A TIM hoje ficou estrategicamente isolada", disse Falco, após participar de fórum promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae).
Apesar de a Vodafone ser um dos maiores grupos de telecomunicações do mundo, o presidente da Oi não acredita numa eventual combinação entre a operadora britânica e a TIM. "Você falar que o inglês vai juntar com italiano para entrar no Brasil... Eles competem fortemente. Não é tão natural assim, um italiano juntar com um inglês."
O executivo reiterou que um de seus principais objetivos é expandir o foco da Oi na América do Sul e África, onde "ainda há muitas oportunidades".
Falco reafirmou também que trabalha para simplificar a estrutura acionária da Oi, citando que atualmente o grupo possui várias classes de ações negociadas na Bovespa.
"Eu tenho sido o cara que mais briga na Oi pela simplificação das classes societárias. Já fizemos um monte de propostas... Como se preside uma empresa com seis classes de ações?", indagou. "O reflexo das ações com a performance da Oi não tem muita relação de causa e efeito."
A Oi anunciou no final de julho aliança com a Portugal Telecom que prevê posições acionárias cruzadas, depois que o grupo português concordou vender sua participação na Vivo à Telefónica.
Enquanto isso, a mexicana América Móvil iniciou movimentos para consolidar suas operações depois que sua controlada indireta Embratel fez oferta de 4,6 bilhões de reais por ações preferenciais da operadora de TV paga Net.
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