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Oi corta custos com manutenção para combater prejuízo

Oi começou a incorporar terceirizadas que realizavam a manutenção e conseguiu melhorar custos e nível de eficiência

Oi: ela começou a incorporar terceirizadas que realizavam a manutenção (Nacho Doce/Reuters)

Karin Salomão

Publicado em 10 de novembro de 2016 às 16h01.

São Paulo - Com prejuízo bilionário e em recuperação judicial, a Oi está buscando maneiras de aumentar suas receitas e diminuir os custos.  A companhia apresentou prejuízo líquido de R$ 1,01 bilhão no terceiro trimestre.

Uma das estratégias de seu plano é a melhoria do serviço e, entre as causas de descontentamento, está a manutenção e reparo das redes.

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Esse atendimento era realizado principalmente por companhias terceirizadas: cerca de 80% do total de técnicos em campo não eram contratados da Oi.

Por isso, a partir de outubro do ano passado a companhia de telefonia começou a incorporar essas empresas e, hoje, 75% dos técnicos de campo já são colaboradores do grupo Oi, afirmou Ricardo Malavazi, que assumiu como diretor financeiro e de relações com investidores em setembro desse ano, em coletiva com analistas.

"O formato anterior prejudicava os resultados e diminuía a qualidade de atendimento, já que as próprias terceirizadas tinham dificuldades financeiras", disse o diretor.

Com a incorporação, a Oi aumentou a produtividade por técnico em 20,3% e os custos em 6,6%. Com isso, sobraram tempo e recursos para manutenções preventivas, antes que as redes dessem algum problema: o número de consertos do tipo triplicou em relação a 2015.

A Oi diminuiu o tempo médio de espera para a resolução do problema e para a instalação de um serviço. Como consequência, o número de reclamações na Anatel por motivos técnicos também caiu em 41,6%.

"Acreditamos que podemos capturar ainda mais eficiências na manutenção de campo da Oi", afirmou Malavazi.

Queda nas receitas

Por outro lado, a companhia de telefonia está se esforçando para aumentar os ganhos, ainda sem sucesso. A receita de serviços da empresa, que exclui os ganhos com a venda de aparelho, caiu 4,9% no trimestre.

Esse valor está ligado à diminuição de 7,4% no faturamento com recargas no pré-pago, que é a maior fonte de receita da empresa.

Por isso, a companhia de telefonia está investindo no seu plano Oi Total, que inclui televisão, internet e telefonia móvel e fixa. Esse pacote já chegou a 6,7% do total de telefonia fixa e corresponde a 22,3% das novas vendas.

No entanto, ela ainda não impacto nos números. No trimestre, a receita líquida por cliente caiu 1,3%, impactada principalmente pela queda no pré-pago.

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