Odebrecht ratifica que segue no consórcio do metrô de Quito
A Odebrecht acrescentou ainda que qualquer negociação com seu sócio será realizada "internamente, sem afetar de nenhuma maneira a execução do projeto"
EFE
Publicado em 12 de maio de 2017 às 22h38.
Quito - A Odebrecht ratificou nesta sexta-feira que continua no consórcio que constrói o metrô de Quito , junto à empresa espanhola Acciona, informou a construtora brasileira em comunicado.
"Como foi informado ao público, a Odebrecht notificou oficialmente em abril sua permanência no consórcio que constrói a segunda fase da linha 1 do metrô de Quito e ratifica seu compromisso de concluir as obras no prazo e com a qualidade esperada", declarou a construtora.
A Odebrecht acrescentou ainda que qualquer negociação com seu sócio será realizada "internamente, sem afetar de nenhuma maneira a execução do projeto".
O comunicado foi emitido depois que, em Madri, a Acciona afirmou que arcará sozinha com as obras da segunda fase do metrô de Quito, uma vez que as autoridades tenham autorizado a saída da Odebrecht, envolvida em um escândalo de corrupção.
Durante a apresentação a analistas das contas do primeiro trimestre, o diretor de Desenvolvimento Corporativo da Acciona, Juan Muro-Lara, explicou que os dois sócios pediram autorização para a saída do grupo brasileiro do consórcio e que esta lhes foi concedida no final de abril.
"Estamos dando os passos legais para completar esta transição no consórcio", completou o executivo.
No último dia 29 de abril, o diretor da Odebrecht no Equador, Mauro Hueb, afirmou em um comunicado que a "prioridade" da empresa era finalizar as obras do metrô de Quito e que a cessão de sua participação no consórcio com a Acciona e sua saída do mesmo estava suspensa desde 4 de abril.
Por sua parte, na quarta-feira passada, o prefeito da capital equatoriana, Mauricio Rodas, assegurou que os problemas enfrentados pela Odebrecht não afetavam os trabalhos que realiza para a primeira linha do metrô da cidade junto com a Acciona.
No dia 28 de abril, o prefeito tinha dado como certa a reorganização do consórcio, já que não tinha recebido objeções dos organismos multilaterais que financiam o projeto.
A obra do metrô de Quito, cujo projeto abrange 22 quilômetros de túnel e 15 estações, foi adjudicado ao consórcio hispano-brasileiro em 2015 por mais de US$ 1,5 bilhão.
Em dezembro do ano passado, a Justiça dos Estados Unidos revelou que a construtora brasileira tinha admitido ter pagado US$ 788 milhões em subornos em 12 países da América Latina e da África.