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Obras do Porto do Açu, no RJ, continuam paradas

Segundo a assessoria de imprensa da LLX, companhia do grupo EBX, responsável pelas obras do porto, uma reunião estava marcada para hoje com representantes da Codin

Os manifestantes se queixam do valor das indenizações, da falta de critério para a definição do que será desapropriado e da falta de comunicação (Divulgação)

Os manifestantes se queixam do valor das indenizações, da falta de critério para a definição do que será desapropriado e da falta de comunicação (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2011 às 16h17.

Rio - As obras de construção do Porto do Açu, em São João da Barra (norte fluminense), continuam suspensas hoje devido ao protesto de agricultores locais insatisfeitos com a desapropriação de suas terras para a expansão do complexo industrial anexo ao empreendimento do empresário Eike Batista.

Segundo a assessoria de imprensa da LLX, companhia do grupo EBX, responsável pelas obras do porto, uma reunião estava marcada para hoje com representantes da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin) e representantes dos pequenos produtores, que bloqueiam os acessos ao canteiro de obras desde a madrugada de ontem. Ainda não há informações sobre o resultado da negociação. Com isso, os trabalhadores da obra foram dispensados pelo segundo dia consecutivo.

Segundo a LLX, representantes da companhia participam da reunião apenas na condição de "ouvintes". A empresa alega que a negociação com os manifestantes cabe apenas à Codin, responsável pelo processo de desapropriação que envolve cerca de 1.500 famílias espalhadas por uma área de 15 mil hectares que foi considerada de utilidade pública para uso industrial pelo governo fluminense e pela prefeitura de São João da Barra.

Os agricultores dizem que só vão retirar as máquinas agrícolas e barricadas formadas por galhos e pneus dos acessos ao porto depois de a LLX se comprometer em participar de negociações para a reavaliação das desapropriações. Os manifestantes se queixam do valor das indenizações, da falta de critério para a definição do que será desapropriado e da falta de comunicação sobre quem deve sair já dos imóveis.

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