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Twitter divulga balanço em meio à guerra contra "fake news"

ÀS SETE - expectativa é de que o lucro seja de até 240 milhões de dólares nos últimos três meses de 2017, alta de 10% em relação ao quarto trimestre de 2016

Twitter: companhia tem garantido que as receitas devem melhorar no próximo trimestre (Andrew Burton/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2018 às 06h14.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2018 às 07h30.

A rede social Twitter divulga seus resultados financeiros de 2017 nesta quinta-feira. A expectativa dos analistas é de que o quarto trimestre do ano tenha sido de queda nas receitas, que devem somar 570 milhões de dólares, um recuo considerável em relação ao mesmo trimestre do ano passado, de 675 milhões de dólares, especialmente devido à queda de publicidade nos Estados Unidos.

A expectativa é de que o lucro, porém, seja de até 240 milhões de dólares nos últimos três meses do ano, uma alta de 10% em relação ao quarto trimestre de 2016.

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A rentabilidade por usuário deve permanecer estagnada, mas a companhia tem garantido que as receitas devem melhorar no próximo trimestre, porque investiu em estratégia de vendas e melhorou o formato de anúncios, apostando bastante em vídeos.

Dá para dizer que as coisas melhoraram em 2017, pelo menos à vista dos investidores. No último ano, as ações da empresa praticamente dobraram de valor.

Em fevereiro do ano passado, o Twitter valia cerca de 11 bilhões de dólares; hoje, já são 20 bilhões de dólares. O valor, entretanto, ainda está bem abaixo dos mais de 50 bilhões de dólares que a companhia chegou a valer em janeiro de 2014.

A melhora na performance parece tão concreta, pelo menos em termos de relevância, que, na quarta-feira, o portal MarketWatch chegou a publicar um texto questionando se os ganhos do Twitter não seriam a causa do sofrimento do Facebook. A principal chave é: saber o quanto o Twitter está conseguindo arrematar anunciantes.

A rede social dos 140 caracteres, vale lembrar, liberou o tamanho de seus  textos e é uma das mais usadas para conteúdo de profissionais e de publicações jornalísticas, enquanto o Facebook perde cada vez mais relevância com esse público.

A maior rede social do planeta mudou recentemente seu algoritmo para dar mais relevância ao conteúdo pessoal.

Nesta quinta-feira, o jornal brasileiro Folha de S. Paulo anunciou que deixará de publicar seu conteúdo no Facebook porque a mudança no algoritmo tem reduzido a audiência e, segundo a Folha, favorece as notícias falsas.

Os jornalistas da Folha, porém, continuarão publicando conteúdo no Twitter. Num ano de eleições no Brasil, e de intensa divisão política mundo afora, a recuperação do Twitter é uma ótima notícia.

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