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O segredo do Guaraná Antarctica está na Amazônia

Como a fabricante Ambev encontrou soluções sustentáveis para a produtividade da sua cadeia de matéria-prima de guaranás na Amazônia

Guaraná: “Nosso objetivo é buscar o equilíbrio", disse o engenheiro agrônomo da Fazenda Santa Helena (Ambev/Divulgação)

Luísa Granato

Publicado em 13 de junho de 2017 às 16h23.

São Paulo - Na pequena Mauês, município do interior do Amazonas, a produção de Guaraná está crescendo. Na última década, novos cultivos obtiveram um aumento de 140% na produtividade da fruta usada para produzir o Guaraná Antarctica , da Ambev , sem aumentar sua área de cultivo.

O segredo está na Fazenda Santa Helena, espaço mantido pela companhia desde 1971 para a pesquisa sobre o cultivo sustentável do Guaraná na floresta amazônica.

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Ao longo de 40 anos, a fazenda criou um banco de plantas, buscando a origem do guaraná e quais tipos seriam mais produtivos e saudáveis. A ideia é sempre aplicar as boas descobertas dali para toda a produção.

“Sua grande finalidade é gerar conhecimento sobre a guaranicultura e compartilhá-la com toda a cadeia”, disse Roosevelt Hada Leal, engenheiro agrônomo na Fazenda Santa Helena.

Segundo Leal, na fazenda são produzidas 50.000 mudas ao ano, doadas para produtores locais. Trata-se apenas de 15% da fruta usada na fabricação do Guaraná Antarctica, os outros 85% vêm de agriculturas familiares.

A fazenda abre suas portas para ensinar as boas práticas descobertas ali para as famílias de agricultores, técnicos da área e representantes de ONGs. Com isso, eles buscam maior integração entre o homem e o meio ambiente e transmitem a cultura implantada nos182 hectaresde terra cultivada da Santa Helena.

“Essa é a ferramenta para a sustentabilidade", Leal explica, "por serem cultivares resistentes e produtivas, o pequeno produtor consegue ter uma boa produção na mesma área de cultivo”.

Além das mudas mais produtivas, eles promovem um melhor preparo do solo, por meio de cobertura verde. Entre os pés de guaraná, são plantadas leguminosas que fixam o nitrogênio do ar e, conforme o gás se deteriora, ele retorna ao solo e diminui a necessidade de adubação.

A preservação é mantida com o uso de corredores ecológicos, pequenas áreas de mata natural entre as plantas do Guaraná que contribuem para a fauna e flora locais.

“Nosso objetivo é buscar o equilíbrio. E sempre há uma possibilidade de aumento, com novas descobertas e novas técnicas. No momento, vejo nossa produção tendo o menor impacto possível”, diz Leal.

Esse esforço da Ambev faz parte da gestão focada na busca por soluções para preservar recursos naturais. Como integrante do pacto global da ONU, a empresa tem como meta reduzir e otimizar seu uso de recursos.

Na plantação da Fazenda Santa Helena, eles caminham para fechar o ciclo de consumo utilizando o bagaço do guaraná como adubo para novas mudas. E, como disse o engenheiro, causar cada vez menos impacto na natureza.

Entrada da Fazenda Santa Helena, em Maues, da Ambev (Ambev/Divulgação)

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