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O que vai acontecer com a marca Pelé

Escritório responsável pela marca Pelé já recebeu mais de 20 propostas comerciais desde o anúncio do falecimento do ex-jogador

Pelé: ex-jogador realizou uma cirurgia para retirada de tumor no cólon.  (Robert Cianflone/Getty Images)

Pelé: ex-jogador realizou uma cirurgia para retirada de tumor no cólon. (Robert Cianflone/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2023 às 17h30.

Última atualização em 10 de janeiro de 2023 às 17h42.

Ídolo do futebol mundial, Pelé construiu uma marca ao redor do mundo com a sua simpatia, dribles e gols. A força dessa imagem pode ser vista nas mais diversas homenagens após a sua morte, em 29 de dezembro. Personalidades, artistas, instituições, políticos e jogadores de todo o mundo reverenciaram o rei e as suas contribuições para o futebol.

O ex-jogador teve falência múltipla de órgãos. Pelé lutava contra um câncer generalizado, que atingiu intestino (cólon) e se espalhou para o fígado e início do pulmão.

O momento triste foi entendido, no entanto, como o momento "propício" por algumas empresas para demonstrar interesse em fazer negócios com a marca Pelé. O caso foi relatado por Joe Fraga, empresário que lidera a Sports 10, empresa responsável por cuidar do atleta do século, ao podcast “Dinheiro em Jogo”, do GE.

“Infelizmente, horas depois da morte dele, já tinha gente me mandando contratos, pedidos e tudo. Para mim, é um pouco de falta de respeito. Meu celular não para desde o dia 29”, disse o americano.

De acordo com o executivo, a Sports 10 está fechada em luto pelo falecimento de Pelé. Ele já sabe, porém, que quando o escritório for reaberto, terá de analisar com a sua equipe cerca de 25 propostas comerciais.

Entre elas, ideias de fabricação de roupas e tênis e algumas mais hypadas, como a confecção de criptomoedas.

Como a marca Pelé deve ser usada

No podcast, Fraga contou que farão uma análise dos pedidos, mas que o intuito é ter não mais do que oito empresas ao mesmo tempo com associação à marca Pelé.

Em uma reunião com o ex-jogador em setembro, segundo o executivo, eles já haviam chegado à conclusão de que o momento era de mudar a forma de uso da marca Pelé.

Definiram como objetivo focar mais na fundação que tem o nome do atleta e investir em programas de saúde infantil, educação e refugiados.

E, ainda, ampliar a linha de licenciamentos, com o desenvolvimento de produtos que carregam o nome do rei.

A nova configuração era uma forma de diminuir os deslocamentos e gravações de Pelé, já com 82 anos e lutando contra o câncer e as limitações decorrentes da doença.

Quando começou a relação com a Sports 10

A Sports 10, antes Legends 10, cuida da marca Pelé desde 2012. Os direitos de imagem de Pelé estavam nas mãos da empresa brasileira Prime Licenciamentos, em contrato previsto até 2025.

Na ocasião, para garantir os direitos, o empresário inglês Paul Kemsley, dono de alguns times de futebol, como o Tottenham e o New York Cosmos (que tem o rei do futebol como presidente honorário), negociou a compra da Prime e dos direitos globais de marketing sobre a marca Pelé.

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