O plano do ReclameAQUI para se tornar o novo BuscaPé
O site acaba de comprar a startup de "cashback" Mooba. Com aquisição, ele entra em um novo modelo de negócios
Luísa Melo
Publicado em 25 de novembro de 2015 às 15h59.
São Paulo - O ReclameAQUI anunciou nesta segunda-feira (5) uma transação que vai transformar todo o seu modelo de negócios: a aquisição do site de reembolsos Mooba, lançado em janeiro.
Por meio de um sistema chamado "cashback", a empresa devolve ao consumidor parte do que ele gasta em lojas virtuais parceiras. Do outro lado, por "encaminhar" o cliente, também ganha uma pequena porcentagem das vendas.
Na prática, funcionará assim: ao comprar em um endereço direcionado pelo Mooba, o usuário receberá um crédito. Quando os reembolsos somarem 30 reais, o valor poderá ser transferido para uma conta bancária indicada.
O ReclameAQUI espera que a plataforma alcance 2 milhões de cadastrados em um ano. Cada um deles deve trazer à companhia cerca de 80 centavos por mês em comissões, o que geraria um faturamento aproximado de 300.000 reais mensais.
Mas a principal vantagem trazida pela aquisição da startup é outra. Com a integração dos sistemas das duas empresas, o ReclameAQUI, que hoje só tem acesso às queixas dos clientes, poderá acompanhar todo o processo de compra, desde a escolha até a entrega de um produto.
"Nós queremos entrar em todo o ciclo do e-commerce. Os dados públicos serão compilados num projeto chamado RA Analycts e vendidos para o mercado", explicou o presidente do ReclameAQUI, Maurício Vargas, em entrevista a EXAME.com.
Segundo ele, dos cerca de 13 milhões de acessos que a rede recebe mensalmente, apenas 5% se transformam em reclamação.
"Os outros 95% dos consumidores querem pesquisar sobre uma empresa antes de comprar. Nós vamos facilitar esse processo. Grosso modo, o Mooba vai ser o novo BuscaPé ", afirmou Vargas.
De acordo com o executivo, o propósito é conectar "boas empresas a bons consumidores" e, desta forma, varejistas com má reputação não serão listadas.
Os parceiros com avaliações ruins, segundo ele, já foram peneirados, o que fez com que caíssem de 700 para 250.
Para Vargas, o fato de o Mooba "indicar" empresas não deve interferir nas análises feitas pelo ReclameAQUI. "Não há conflito de interesses, continuaremos totalmente independentes. Se alguma parceira te causou algum problema, reclame aqui", disse.
Black Friday
O novo sistema de mapeamento do e-commerce já será usado na próxima Black Friday, segundo Vargas. No dia das promoções coletivas, quem comprar em alguma loja direcionada pelo Mooba e não receber o item em casa, terá o dinheiro de volta.
Em 2014, o ReclameAQUI faturou 14 milhões de reais. A projeção é de que o número suba para 24 milhões de reais neste ano, excluindo as atividades do Mooba. As receitas da companhia são provenientes, principalmente, da venda de uma ferramenta que gerencia dados sobre reclamações de clientes a outras empresas.
O ReclameAQUI desembolsou 3 milhões de reais por uma fatia de 72% do Mooba e as negociações levaram cerca de três meses, segundo Vargas. Parte do pagamento foi feito aos sócios em dinheiro e, o restante, será convertido em investimentos em infraestrutura. Cerca de 15 funcionários foram contratados.
Novas aquisições ainda estão nos planos. "Pretendemos somar mais duas ou três startups que façam sentido para o nosso negócio até o meio do ano que vem", afirmou Vargas.
São Paulo - O ReclameAQUI anunciou nesta segunda-feira (5) uma transação que vai transformar todo o seu modelo de negócios: a aquisição do site de reembolsos Mooba, lançado em janeiro.
Por meio de um sistema chamado "cashback", a empresa devolve ao consumidor parte do que ele gasta em lojas virtuais parceiras. Do outro lado, por "encaminhar" o cliente, também ganha uma pequena porcentagem das vendas.
Na prática, funcionará assim: ao comprar em um endereço direcionado pelo Mooba, o usuário receberá um crédito. Quando os reembolsos somarem 30 reais, o valor poderá ser transferido para uma conta bancária indicada.
O ReclameAQUI espera que a plataforma alcance 2 milhões de cadastrados em um ano. Cada um deles deve trazer à companhia cerca de 80 centavos por mês em comissões, o que geraria um faturamento aproximado de 300.000 reais mensais.
Mas a principal vantagem trazida pela aquisição da startup é outra. Com a integração dos sistemas das duas empresas, o ReclameAQUI, que hoje só tem acesso às queixas dos clientes, poderá acompanhar todo o processo de compra, desde a escolha até a entrega de um produto.
"Nós queremos entrar em todo o ciclo do e-commerce. Os dados públicos serão compilados num projeto chamado RA Analycts e vendidos para o mercado", explicou o presidente do ReclameAQUI, Maurício Vargas, em entrevista a EXAME.com.
Segundo ele, dos cerca de 13 milhões de acessos que a rede recebe mensalmente, apenas 5% se transformam em reclamação.
"Os outros 95% dos consumidores querem pesquisar sobre uma empresa antes de comprar. Nós vamos facilitar esse processo. Grosso modo, o Mooba vai ser o novo BuscaPé ", afirmou Vargas.
De acordo com o executivo, o propósito é conectar "boas empresas a bons consumidores" e, desta forma, varejistas com má reputação não serão listadas.
Os parceiros com avaliações ruins, segundo ele, já foram peneirados, o que fez com que caíssem de 700 para 250.
Para Vargas, o fato de o Mooba "indicar" empresas não deve interferir nas análises feitas pelo ReclameAQUI. "Não há conflito de interesses, continuaremos totalmente independentes. Se alguma parceira te causou algum problema, reclame aqui", disse.
Black Friday
O novo sistema de mapeamento do e-commerce já será usado na próxima Black Friday, segundo Vargas. No dia das promoções coletivas, quem comprar em alguma loja direcionada pelo Mooba e não receber o item em casa, terá o dinheiro de volta.
Em 2014, o ReclameAQUI faturou 14 milhões de reais. A projeção é de que o número suba para 24 milhões de reais neste ano, excluindo as atividades do Mooba. As receitas da companhia são provenientes, principalmente, da venda de uma ferramenta que gerencia dados sobre reclamações de clientes a outras empresas.
O ReclameAQUI desembolsou 3 milhões de reais por uma fatia de 72% do Mooba e as negociações levaram cerca de três meses, segundo Vargas. Parte do pagamento foi feito aos sócios em dinheiro e, o restante, será convertido em investimentos em infraestrutura. Cerca de 15 funcionários foram contratados.
Novas aquisições ainda estão nos planos. "Pretendemos somar mais duas ou três startups que façam sentido para o nosso negócio até o meio do ano que vem", afirmou Vargas.