Negócios

Novo presidente da JBS dá início a mudanças na diretoria

À frente da empresa desde o começo do mês e enfrentando momento delicado, início da gestão Wesley Batista marcou a saída de Marcos Cunha Bastos, diretor financeiro

Wesley, que comandava a operação do JBS nos Estados Unidos, chegou ao cargo num momento delicado para a empresa (John Blake)

Wesley, que comandava a operação do JBS nos Estados Unidos, chegou ao cargo num momento delicado para a empresa (John Blake)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2011 às 20h35.

São Paulo - Wesley Batista, irmão do meio da família que controla a JBS, maior fabricante de carnes do mundo, deu início às primeiras mudanças na cúpula da empresa que comanda desde 1º de fevereiro, quando substituiu seu irmão Joesley na presidência executiva do grupo. Nesta semana, o executivo Marcos Cunha Bastos deixou a diretoria financeira do JBS, cargo que ocupava desde o início de 2009. Segundo executivos próximos à empresa, um substituto ainda não foi definido e outras mudanças na diretoria devem ocorrer nas próximas semanas. O destino de Bastos, segundo fontes, é a asset management que controla negócios da família Batista. Procurada, a empresa não quis comentar o assunto.

Wesley, que comandava a operação do JBS nos Estados Unidos, chegou ao cargo num momento delicado para a empresa. As ações da companhia fecharam o dia cotadas a 6,18 reais, acumulando uma queda de 34% em 12 meses, a maior perda entre as empresa do setor no período. Outro ponto delicado é um acerto de contas que a empresa precisa fazer com o BNDES. Uma das escolhidas pelo banco estatal para consolidar o mercado de carnes no país e se tornar uma gigante brasileira no exterior, a JBS teve de pagar, no final de 2010, 520 milhões de reais de juros sobre os 2 bilhões de dólares adquiridos em debêntures pelo BNDES para financiar a aquisição da processadora americana de frango Pilgrim’s Pride, em setembro de 2009. Inicialmente, o plano era converter a dívida em ações, por meio da abertura de capital da subsidiária americana em 2010, o que não ocorreu. A JBS agora propõe um refinanciamento da dívida com uma nova emissão de debêntures, dessa vez conversíveis por ações da empresa no Brasil, dentro de um prazo de cinco anos.

Antes de assumir o comando do grupo, Wesley era o presidente-executivo da JBS nos Estados Unidos, operação que responde por 70% das receitas do grupo. Com a troca, seu irmão Joesley responde agora pelo conselho de administração, cargo que já acumulava anteriormente.

Acompanhe tudo sobre:Carnes e derivadosEmpresas abertasEmpresas brasileirasgestao-de-negociosJBSReestruturação

Mais de Negócios

CEO bilionário: 'Acordei às 4h30 nas férias para trabalhar – e assim passar os dias em família'

Mauricio de Sousa e Sebrae se unem para inspirar meninas a empreender

Energia por assinatura pode gerar até 20% de economia para empresas. Veja como

Ele era vendedor ambulante. Hoje, é dono de construtora e faz R$ 1,5 bilhão no setor imobiliário