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Novo comando da Caixa estuda fechar agências deficitárias

O novo presidente da Caixa encontrará um diagnóstico que mostra como o banco estatal precisa melhorar a eficiência operacional


	Agência da Caixa: desde 2010, a Caixa abriu 1.329 agências
 (Andrevruas/Wikimedia Commons)

Agência da Caixa: desde 2010, a Caixa abriu 1.329 agências (Andrevruas/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2016 às 08h03.

Brasília - O novo presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, encontrará um diagnóstico que mostra como o banco estatal precisa melhorar a eficiência operacional.

Uma centena de agências estão deficitárias, ou seja, fecham no vermelho, mas, mesmo assim, a vice-presidência que cuida da rede do banco recomendou o fechamento de apenas 15 delas que estão totalmente inoperantes.

A Caixa foi usada nos últimos anos pelo governo do PT como locomotiva do crédito no País, estratégia para impulsionar a atividade econômica. Dessa forma, a instituição conseguiu aumentar sua participação no mercado, mas essa expansão do crédito também provocou efeitos colaterais, como o aumento do nível de calotes do banco.

O alto número de agências deficitárias também é consequência dessa política. Desde 2010, a Caixa abriu 1.329 agências. A análise da direção do banco é que não se faz mais necessária toda essa estrutura, ainda mais com a mudança dos hábitos dos clientes, que cada vez mais optam pelos serviços pelo computador ou pelo smartphone.

No primeiro trimestre deste ano, a quantidade de usuários cadastrados para acesso via smartphones aumentou quase 63% em relação ao primeiro trimestre de 2016 e a de usuários via internet banking cresceu 20% na mesma comparação. Mesmo assim, a quantidade de transações online ainda representa menos de um quarto do total de transações realizadas no período. Um dos desafios do novo presidente será ampliar a presença do banco no meio digital.

Um empecilho para o fechamento das agências é que são usadas para o pagamento de benefícios sociais, como o Bolsa Família, mas a avaliação é de que esse serviço poderia ficar restrito às casas lotéricas. O banco tem atualmente 4,2 mil agências e pontos de atendimento e 26,5 mil correspondentes Caixa Aqui e Lotéricos.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que Gilberto Occhi já está avaliando esse estudo e tem intenção de colocá-lo em prática, mas quer avaliar o potencial de rentabilidade de cada agência e onde estão localizadas.

Redução de pessoal

O banco também deve manter a política de redução de custos com pessoal, com planos de demissão e de incentivo à aposentadoria. A Caixa cortou o número de funcionários de 100,3 mil para 97 mil em 12 meses.

No período, a despesa com pessoal cresceu 1,6%, bem abaixo da inflação, totalizando R$ 5 bilhões. A instituição está buscando ações para reduzir gastos e aumentar a produtividade.

Ao assumir a Caixa, Occhi também receberá o desenho de um caminho para a abertura de capital do banco estatal ainda no governo do presidente em exercício Michel Temer. Para que uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) seja possível daqui a dois anos, o banco estatal teria de privatizar antes três áreas: seguros, loterias e cartões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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